O
título nacional deste Horas de Desespero
(No Escape no original) dá a
impressão de ser um daqueles "filmes B" de suspense que são repetidos
à exaustão nas madrugadas de sábado no Super
Cine da Globo e, bem, é exatamente isso.
No
filme acompanhamos o engenheiro Jack (Owen Wilson) é transferido de seu
trabalho para um novo cargo na Ásia e leva a família junto. Chegando lá, além
de precisarem lidar com a mudança, a família é pega de surpresa quando um golpe
de estado explode no país e o hotel em que eles estão é tomado por
revolucionários que começam a executar todos os presentes. Assim, começam uma
corrida desesperada não apenas para fugirem do hotel, mas para saírem do país.
A
primeira coisa que salta aos olhos é modo como tal país é representado,
primeiro porque nunca é especificado se estamos na Indonésia, Camboja, Laos,
Tailândia ou qualquer outro país da região, provavelmente porque os
realizadores acharam que era tudo igual e não fazia diferença (e também para
não despertar reações negativas de nenhum desses países, já que certamente
visam a distribuição internacional). Além disso, durante a primeira meia hora o
filme irá fazer questão de mostrar quanto o país é atrasado, pouco desenvolvido
e sua população é composta por um bando de primitivos incultos que são
atrasados até nas suas referências culturais ao mundo ocidental, como o
motorista que é fã de Kenny Rogers.