Ultimamente
Hollywood tem se esforçado para transformar praticamente qualquer coisa em
franquia cinematográfica, criar um grande universo que possa ser explorado e
construído ao longo de vários filmes e produtos derivados, criando marcas que
se tornem garantias de retorno financeiro. O problema, como apontei em meu
texto sobre Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, é que nem todo material se presta a dar origem a um universo
expansível ou ofereça base para que tome ampla liberdade com seus personagens
sem que eles percam a essência que os torna tão interessantes.
Filmes
como Malévola (2014) ou Hannibal: A Origem do Mal (2007), já
mostraram que tentar retornar à origem de personagens muito icônicos muitas
vezes acaba enfraquecendo esses personagens (como na origem de Hannibal Lecter)
ou lhes retira suas características fundamentais ao ponto de não sermos mais
capazes de ver ali aquele personagem que tanto adorávamos (como em Malévola) e o que resta é apenas alguém
com o mesmo nome e muito parecido com ele em uma narrativa genérica que podia
ser feita em qualquer universo com qualquer personagem. Este Peter Pan lamentavelmente cai na segunda
categoria.