Quando
entrei na sala de cinema para conferir este Operações
Especiais temi que fosse algo não vergonhoso quanto o terrível Federal (2010). A verdade é que não
chega a ser tão ruim, no entanto, tem problemas demais para funcionar bem como
deveria.
A
trama acompanha Francis (Cleo Pires), uma recepcionista que decide entrar para
a polícia civil depois de presenciar um assalto no hotel em que trabalha. A
vida de policial, no entanto, não é tão fácil quanto ela imagina, já que é
mandada para uma cidade no interior do Rio de Janeiro na busca de traficantes
que fugiram da capital depois da ocupação das favelas. Lá terá de lidar com as
próprias inseguranças, com o machismo de seus colegas de trabalho e, claro com
a criminalidade do local.
O
filme acerta nas cenas de ação que são muito bem filmadas e com uma abordagem
bastante realista de como a polícia procede durante tiroteios e mesmo em meio
ao caos ou em velozes perseguições cheias de cortes e com a câmera em constante
movimento nunca perdemos a sensação de espacialidade da cena e sempre temos
clareza do que está acontecendo. No início do filme, quando Francis ainda está
tensa e insegura de sua posição a câmera está sempre próxima do seu rosto,
dando uma sensação de confinamento e de que ela está acuada, nos colocando no
estado mental da personagem.