Confesso que torci o nariz ao ouvir o anúncio de que este Creed: Nascido Para Lutar. Imaginei que fosse só um caça-níqueis cínico feito para faturar em cima do popular universo concebido por Sylvester Stallone. No entanto, eu já tinha me enganado antes com o ótimo Rocky Balboa (2006) que também parecia ser uma continuação preguiçosa e se revelou muito mais. O mesmo aconteceu com este filme, que é bastante digno de todo o legado de Rocky.
Adonis
(Michael B. Jordan) é um filho ilegítimo do boxeador Apollo Creed (Carl
Weathers), morto durante Rocky IV
(1986). Depois da morte precoce da mãe e de passar boa parte da infância em
orfanatos e reformatórios, ele é finalmente adotado pela esposa de Creed, Mary
Ann (Phylicia Rashad). Já adulto, ele se sente impelido a entrar no mundo do
boxe e decide buscar o auxílio do melhor amigo de seu pai, Rocky Balboa
(Sylvester Stallone).
É
uma história sobre família e como as vidas daqueles que vieram antes de nós
impactam diretamente as nossas, para o bem e para o mal. Além disso é também
uma tradicional história de esporte sobre um azarão que vai contra todas as
chances e nesse sentido é um pouco parecido demais em sua estrutura com o
primeiro filme protagonizado por Rocky.