A
ideia de fazer um remake do clássico
de ação Caçadores de Emoção (1991) da
diretora Kathryn Bigelow (de Guerra ao
Terror e A Hora Mais Escura) e
estrelado por Keanu Reeves e Patrick Swayze me parecia um esforço inútil e
provavelmente fadado a fracassar. Primeiro porque o filme de 1991 continua a se
sustentar muito bem hoje, não precisando de nenhum tipo de atualização e
segundo porque ele praticamente já tinha recebido um remake na forma de Velozes e
Furiosos (2001), tornando o esforço de uma nova versão ainda mais
irrelevante. Sério pessoal, a trama e o desenvolvimento do primeiro Velozes e Furiosos é idêntica a de Caçadores de Emoção, apenas substituindo
o surfe por corridas. A questão é que mesmo tendo em mente todo o potencial que
esse filme tinha para dar errado, ainda assim eu não esperava por algo tão ruim
quanto ele de fato é.
Assim
como no filme original, acompanhamos o jovem agente do FBI Johnny Utah (Luke
Bracey, o Comandante Cobra de G.I Joe:Retaliação) em sua investigação por uma gangue que comete crimes
audaciosos. Suas suspeitas o levam para o mundo dos esportes radicais no qual
conhece o misterioso Bodhi (Edgar Ramirez, que também está em cartaz no
igualmente fraco Joy: O Nome do Sucesso),
que pode ser o líder da gangue. O atleta busca completar uma série de façanhas
conhecidas como as "Oito de Ozaki", proezas tidas como impossíveis,
mas que se alcançadas deixariam uma pessoa em tal comunhão com o planeta que
ele alcançaria o nirvana (o espiritual, não a banda) e, além disso, Bodhi
acredita que cumprir o desafio salvaria o mundo, pois sua a comunhão com o planeta
permitiria que o mundo se curasse das feridas causadas pela humanidade. Não contente,
Bodhi decide fazer "oferendas" ao planeta para ser auxiliado em sua
jornada e assim comete crimes como destruir uma madeireira ou implodir uma
mina.