A Warner Bros anunciou que o excelente Mad Max: Estrada da Fúria, que figurou na nossa lista de melhores filmes do ano passado, vai voltar às salas de cinema com exibições em 3D, 4D, IMAX e 35 mm. Se você não o viu quando estava nos cinemas, essa é uma ótima oportunidade, já que este é daqueles filmes que merecem ser vistos em tela grande. Confiram abaixo as cidades que estão exibindo o filme:
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Mad Max: Estrada da Fúria volta às salas de cinema
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Crítica - Pai em Dose Dupla
Will
Ferrell e Mark Wahlberg já tinham mostrado que funcionam como dupla cômica no
divertido Os Outros Caras (2010)
dirigido por Adam McKay (do igualmente ótimo A Grande Aposta). Vê-los voltar a dividir a cena numa comédia era
algo bastante promissor, mesmo sem McKay na cadeira de diretor, mas este Pai em Dose Dupla lamentavelmente não
consegue repetir o mesmo êxito da parceria anterior da dupla.
Ferrell
vive Brad, um homem sensível e retraído que é encantando com a paternidade e
que sempre quis ter filhos, mas é infértil. Seus sonho de ser pai se concretiza
através dos filhos de sua esposa Sara (Linda Cardellini, a Laura Barton de Vingadores: Era de Ultron) que aos
poucos começam a aceitá-lo como pai. Sua posição, no entanto, é ameaçada quando
o pai biológico das crianças, o metido a machão Dusty (Mark Wahlberg), retorna
à cidade disposto a recuperar o afeto dos filhos, iniciando uma disputa entre
os dois pela atenção das crianças.
Este
é uma daquelas "comédias de uma piada só" já que todo o humor gira em
torno das armações de Dusty e Brad para se sabotarem ou tentando parecer
superior ao outro. A maioria das situações se desenvolve de modo bastante
previsível e com um pouco de atenção é possível antecipar a maioria das piadas.
Isso não impede que aqui e ali o filme consiga arrancar bons risos (a maioria
delas está no trailer), seja pelo humor físico, como na cena em que Brad tenta
pilotar a moto de Dusty, ou seja pelos diálogos puramente nonsense, como as histórias absurdas que o chefe de Brad, Leo
(Thomas Haden Church), ocasionalmente conta.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Crítica - Caçadores de Emoção: Além do Limite
A
ideia de fazer um remake do clássico
de ação Caçadores de Emoção (1991) da
diretora Kathryn Bigelow (de Guerra ao
Terror e A Hora Mais Escura) e
estrelado por Keanu Reeves e Patrick Swayze me parecia um esforço inútil e
provavelmente fadado a fracassar. Primeiro porque o filme de 1991 continua a se
sustentar muito bem hoje, não precisando de nenhum tipo de atualização e
segundo porque ele praticamente já tinha recebido um remake na forma de Velozes e
Furiosos (2001), tornando o esforço de uma nova versão ainda mais
irrelevante. Sério pessoal, a trama e o desenvolvimento do primeiro Velozes e Furiosos é idêntica a de Caçadores de Emoção, apenas substituindo
o surfe por corridas. A questão é que mesmo tendo em mente todo o potencial que
esse filme tinha para dar errado, ainda assim eu não esperava por algo tão ruim
quanto ele de fato é.
Assim
como no filme original, acompanhamos o jovem agente do FBI Johnny Utah (Luke
Bracey, o Comandante Cobra de G.I Joe:Retaliação) em sua investigação por uma gangue que comete crimes
audaciosos. Suas suspeitas o levam para o mundo dos esportes radicais no qual
conhece o misterioso Bodhi (Edgar Ramirez, que também está em cartaz no
igualmente fraco Joy: O Nome do Sucesso),
que pode ser o líder da gangue. O atleta busca completar uma série de façanhas
conhecidas como as "Oito de Ozaki", proezas tidas como impossíveis,
mas que se alcançadas deixariam uma pessoa em tal comunhão com o planeta que
ele alcançaria o nirvana (o espiritual, não a banda) e, além disso, Bodhi
acredita que cumprir o desafio salvaria o mundo, pois sua a comunhão com o planeta
permitiria que o mundo se curasse das feridas causadas pela humanidade. Não contente,
Bodhi decide fazer "oferendas" ao planeta para ser auxiliado em sua
jornada e assim comete crimes como destruir uma madeireira ou implodir uma
mina.
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terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Crítica - Joy: O Nome do Sucesso
Quando
escrevi sobre O Lado Bom da Vida
falei na capacidade do diretor David O. Russel em tornar interessantes
histórias que poderiam facilmente descambar para algo banal e aborrecido.
Lamentavelmente nada disso acontece neste insosso Joy: O Nome do Sucesso que, apesar do bom elenco e da competência
técnica, não nos engaja como deveria.
A
trama é baseada na vida de Joy Mangano (Jennifer Lawrence) uma jovem divorciada
que luta para sustentar os filhos e a família desequilibrada cujos integrantes
estão sempre em pé de guerra. A solução para seus problemas vem na ideia que
ela para uma invenção, um esfregão com maior capacidade de limpeza e que pode
se torcer sozinho. A partir de então acompanhamos seus percalços para fazer seu
negócio vingar, tudo enquanto ainda continua a ser atormentada por seus
parentes.
É
uma típica história de superação, da jornada da pobreza à riqueza e de
continuar seguindo em frente mesmo quando todos ao nosso redor nos colocam para
baixo. A Joy é aquela típica mocinha sofredora, explorada por todos ao seu
redor até que ela decide dar um basta em tudo. Já vimos essa história ser
contada por Hollywood inúmeras vezes e este filme faz pouco para espantar a
sensação de deja vu. O filme chega a
tentar fazer alguns paralelos entre a jornada da protagonista e as histórias
construídas em novelas, mas acaba abandonando as analogias no meio do caminho
sem muita explicação.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Crítica - The Hunting Ground
Durante
minha experiência com este The Hunting
Ground me senti surpreso, embasbacado e então com raiva, muita raiva. A
raiva é um sentimento inevitável ao acompanhar este poderoso documentário, pode
vir cedo, pode vir mais tarde, mas é certo que ela irá chegar até você. A
menos, claro, que você seja um psicopata desprovido de qualquer capacidade
empática.
Dirigido
por Kirby Dick, o documentário trata do endêmico problema do abuso sexual
dentro dos campi das universidades
dos Estados Unidos. É o tipo de documentário no qual o tema e a construção
retórica deste chamam mais atenção do que a forma ou estilo com a qual são
contadas. Se bem que com dados tão arrasadores, a obra não precisa de muitas
firulas estilísticas para chamar nossa atenção e estas poderiam inclusive nos
distrair da potente argumentação que está sendo construída aqui.
A
narrativa vai demonstrando como as universidades estadunidenses se mostram mais
preocupadas em proteger suas imagens, e consequentemente sua renda, do que em
resolver o problema do estupro. Isso as leva a culpabilizar as vítimas, ignorar
queixar e não punir os responsáveis, criando uma cultura de impunidade que
apenas contribui para que o problema continue a acontecer ao ponto em que
estatisticamente quase uma em cada cinco universitárias é vítima de algum tipo
de violência sexual.
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Crítica,
Documentário
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Oscar 2016 - Lista de Indicados
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou hoje a lista de indicados para a 88ª edição dos Oscars. Liderando a lista de indicações temos o drama O Regresso, dirigido por Alejandro Iñarritu, com 12 indicações, seguido por Mad Max: Estrada da Fúria, dirigido por George Miller, com 10. Tivemos ainda a surpresa de ver a belíssima animação brasileira O Menino e o Mundo, dirigido por Alê Abreu, sendo indicada ao prêmio de melhor animação, quase que compensando a injustiça foi terem deixado Que Horas Ela Volta? fora da lista de indicados a melhor filme estrangeiro. Outra surpresa foi a esnobada ao roteirista Aaron Sorkin, responsável pelo texto de Steve Jobs, que tinha a indicação praticamente dada como certa, principalmente depois de receber o Globo de Ouro. A cerimônia de entrega acontece no dia 28 de fevereiro e será apresentada pelo comediante Chris Rock. Como muitos dos indicados ainda não estrearam aqui no Brasil, iremos atualizar aos poucos esta página com links para textos sobre os indicados conforme eles forem chegando.
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Crítica - A Grande Aposta
Famoso
por dirigir algumas comédias com Will Ferrell como O Âncora (2004) e sua continuação Tudo Por Um Furo (2013), Adam McKay já tinha se aventurado a falar
sobre a crise imobiliária nos Estados Unidos no divertido Os Outros Caras (2010), também com Will Ferrell. Se em Os Outros Caras o comportamento
negligente e criminoso dos grandes bancos e agências financeiras era pano de
fundo para uma trama policial cômica com ares de paródia de Máquina Mortífera (1987), neste A Grande Aposta, os absurdos que levaram
ao estouro da bolha imobiliária estão no centro de tudo.
A
trama baseada em fatos reais segue um grupo de investidores que descobre que o
mercado imobiliário e as vendas de títulos de empréstimos são baseados em
números inconsistentes que eventualmente levarão a economia para o buraco. Com
isso, percebem uma oportunidade de faturar comprando títulos de seguro para
receberem em caso das dívidas não serem pagas, o que representa um lucro
potencial que passa da casa do bilhão.
O
filme apresenta argumentos seguros para demonstrar como a situação era
insustentável, mas ninguém percebeu por estarem ocupados ganhando dinheiro
fácil, creditando a crise a um misto de burrice e mau caratismo. Também não
economiza em demonstrar como cada setor da sociedade possui sua parcela de
culpa pelo que aconteceu, dos bancos às autoridades e também os cidadãos que
consumiam e pegavam empréstimos que sabiam que não poderiam pagar.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Framboesa de Ouro 2016 - Lista de Indicados
Dentro da chamada "temporada de premiação" temos uma que ninguém quer concorrer, a infame Framboesa de Ouro que premia os piores filmes de cada ano. A lista dos indicados já está disponível e muitos deles também fizeram parte da nossa lista de piores do ano. Entre os indicados, os mais lembrados foram Cinquenta Tons de Cinza, Pixels e O Destino de Júpiter. Os...err..."vencedores" serão anunciados em 27 de fevereiro, um dia antes da cerimônia do Oscar.
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terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Crítica - Creed: Nascido Para Lutar
Confesso que torci o nariz ao ouvir o anúncio de que este Creed: Nascido Para Lutar. Imaginei que fosse só um caça-níqueis cínico feito para faturar em cima do popular universo concebido por Sylvester Stallone. No entanto, eu já tinha me enganado antes com o ótimo Rocky Balboa (2006) que também parecia ser uma continuação preguiçosa e se revelou muito mais. O mesmo aconteceu com este filme, que é bastante digno de todo o legado de Rocky.
Adonis
(Michael B. Jordan) é um filho ilegítimo do boxeador Apollo Creed (Carl
Weathers), morto durante Rocky IV
(1986). Depois da morte precoce da mãe e de passar boa parte da infância em
orfanatos e reformatórios, ele é finalmente adotado pela esposa de Creed, Mary
Ann (Phylicia Rashad). Já adulto, ele se sente impelido a entrar no mundo do
boxe e decide buscar o auxílio do melhor amigo de seu pai, Rocky Balboa
(Sylvester Stallone).
É
uma história sobre família e como as vidas daqueles que vieram antes de nós
impactam diretamente as nossas, para o bem e para o mal. Além disso é também
uma tradicional história de esporte sobre um azarão que vai contra todas as
chances e nesse sentido é um pouco parecido demais em sua estrutura com o
primeiro filme protagonizado por Rocky.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Steve Jobs
Parece
estranho, talvez até exagerado, ter mais uma biografia de Steve Jobs quando
outra foi lançada ainda em 2013. Por
outro lado, o péssimo Jobs (2013)
era mais uma hagiografia do que uma biografia, endeusando seu objeto enquanto
condescendentemente aliviava suas falhas e aderia acriticamente ao seu
discurso. Nesse sentido, o lançamento deste Steve
Jobs parece trazer a chance de finalmente termos uma biografia minimamente
interessante do fundador da Apple, principalmente se lembrarmos que a última
vez que o roteirista Aaron Sorkin se debruçou sobre um gênio precoce e
egocêntrico, o resultado foi o excelente A
Rede Social (2010), um dos filmes que melhor define a geração atual.
Ao
invés de um relato biográfico mais abrangente, o texto concebido por Sorkin e
dirigido por Danny Boyle (cujo último filme foi Em Transe) se concentra em três lançamentos de produtos que servem
como síntese das diferentes fases da vida de Steve Jobs (Michael Fassbender).
Primeiro acompanhamos o lançamento do Macintosh em 1984, depois a aposta no
NeXT e, por fim, o sucesso do iMac em 1998. Em cada um desses momentos
acompanhamos o protagonista nos bastidores enquanto todo tipo de crise parece
se desenrolar e ele precisa lidar com seus empregados, sócios, acionistas e a
filha que insiste em rejeitar.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
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