Deixar
seu país e tudo que você conhece para tentar a sorte em outra nação na qual não
conhecemos nada nem ninguém é uma experiência bastante assustadora. Não apenas
por não sabermos o que iremos encontrar do outro lado, mas também pela
incerteza se será possível transformar em lar a nova moradia. Este Brooklin trata desses temas e
principalmente de como os imigrantes foram essenciais para a formação de suas
principais cidades, em especial Nova Iorque.
A
jovem Eilis (Saiorse Ronan) deixa a Irlanda sozinha rumo a uma vida melhor nos
Estados Unidos. Lá passa a viver em uma pensão cujas outras moças
constantemente a provocam e arruma um emprego do qual não gosta muito. A
saudade de casa parece ser insuportável e ela parece não ser capaz de tocar sua
vida para frente no novo país, mas tudo parece mudar quando conhece o
descendente de italianos Tony (Emory Cohen).
Com
uma cenografia e figurinos que emulam muito bem a Nova Iorque dos anos 50, este
é um romance bastante tradicional, mas que funciona graças à química do casal
de protagonistas que constrói de modo bastante natural a atração entre os dois.
A jovem Saiorse Ronan faz de sua Eilis uma jovem bastante quieta e
introspectiva, mas consegue revelar de modo cuidadoso e sutil o tormento
emocional experimentado por ela, chega a ser impressionante o quanto Ronan
consegue dizer com apenas um leve franzir da testa ou uma pequena hesitação em
seu sorriso.