Vou
ser direto: Deuses do Egito não é
apenas um filme ruim, ele é tão ruim que acaba inevitavelmente descambando para
o humor involuntário e produzindo risos inesperados com a sua ruindade.
A
trama se passa no antigo Egito quando os deuses do Nilo caminhavam entre os
homens. O jovem ladrão Bek (Brenton Thwaites) rouba um dos olhos do deus Hórus
(Nikolaj Coster-Waldau, o Jaime Lannister de Game of Thrones) do cofre de Set (Gerard Butler), deus que dominou
o Egito e o governa como um déspota. Bek resolve devolver o olho a Hórus e o
ajuda em sua jornada para se vingar de Set em troca da ressurreição de sua
amada Zaya (Courtney Eaton).
A
primeira coisa que salta aos olhos são os visuais datados, que parecem saídos
diretamente de alguma série de televisão dos anos noventa. Não ajuda também a
computação gráfica de baixa qualidade que constrói esses ambientes e
personagens, denunciando a artificialidade deste universo. As "formas
divinas" dos deuses egípicios mais parecem designs rejeitados para alguma série japonesa estilo metal hero de décadas atrás e sempre que
aparecem em cena produzem risos ao invés de impressionar, isso sem falar na
transformação de Set em uma espécie de megazord próximo ao fim, quando ele
combina os poderes dos diferentes deuses.