Os uniformes dos Power Rangers que irão aparecer no novo longa-metragem da equipe foram finalmente revelados (foto acima) e possuem um aspecto mais próximo de armaduras do que das roupas de tecido usadas na série televisiva. A ideia, de acordo com envolvidos na produção, seria justamente ressaltar a natureza alienígena dos uniformes.
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Revelado o visual dos novos Power Rangers no cinema
Os uniformes dos Power Rangers que irão aparecer no novo longa-metragem da equipe foram finalmente revelados (foto acima) e possuem um aspecto mais próximo de armaduras do que das roupas de tecido usadas na série televisiva. A ideia, de acordo com envolvidos na produção, seria justamente ressaltar a natureza alienígena dos uniformes.
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Crítica - Team Foxcatcher
Quando escrevi sobre o
drama baseado em fatos reais Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo (2015) disse que era um perturbador estudo
de personagem sobre poder, riqueza e insanidade. Mesmo já conhecendo a história
do assassinato do lutador olímpico Dave Schultz pelo milionário John Du
Pont, a experiência de ver este
documentário Team Foxcatcher,
produção original do Netflix, foi tão ou mais inquietante do que ver a sua
reconstrução ficcional.
O documentário é conta sua
história através de entrevistas com os envolvidos, imagens de arquivo e também
áudios das conversas de Du Pont com a polícia durante o cerco a sua casa após o
assassinato. É bastante convencional em termos de estrutura documental, mas a
riqueza do material de arquivo ajuda a nos colocar em uma posição de
proximidade e intimidade em relação aos sujeitos documentados, sem falar que é
uma história tão rica que não deixa de soar interessante mesmo para quem
conferiu sua contraparte ficcional.
Os relatos e vídeos de
arquivo traçam um panorama bastante amplo da vida de John Du Pont, um homem
claramente solitário, infeliz, inseguro e de pouco traquejo social que usava
sua vasta fortuna para tentar se sentir incluído e importante. Com seu dinheiro
Du Pont criou uma espécie de realidade paralela para si mesmo, na qual ele era
um intelectual respeitado, um influente membro da comunidade e um campeão
esportivo. Dentro desse "mundo paralelo" Du Pont se via como um rei,
um deus, no qual sua vontade era lei e tudo girava ao seu redor e quando sua
concepção delirante de mundo colidia com a realidade, sua arrogância combinada
com seu comportamento paranoico e instável culminaram numa morte que se deu
praticamente a troco de nada.
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Documentário
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 3 de maio de 2016
Crítica - Capitão América: Guerra Civil
Quando
foi anunciado que o terceiro filme do Capitão América seria inspirado no arco
da "Guerra Civil" dos quadrinhos, confesso que fiquei preocupado.
Primeiro porque uma trama envolvendo tantos personagens seria mais adequada a
um filme dos Vingadores, segundo porque o plantel dos heróis do universo
cinematográfico era relativamente pequeno para transmitir a larga escala do
conflito dos quadrinhos. Estava em parte enganado, já que mesmo com poucos (se
comparado ao quadrinho) personagens a narrativa consegue criar uma sensação de
risco global e as tensões entre os personagens são de fato bem construídas
(beneficiadas por anos de desenvolvimento da personalidade dos heróis ao longo
de vários filmes). Por outro lado, mesmo com o Capitão América e seu arco
dramático do centro da trama, ainda assim parece mais um filme "de
equipe" do que uma aventura solo na qual outros personagens ocasionalmente
aparecem (como a breve aparição do Falcão em Homem-Formiga).
A
trama começa depois que uma missão para deter o vilão Ossos Cruzados (Frank
Grillo) acaba causando graves baixas civis. Diante do acontecido e de toda
destruição causada pelos Vingadores em filmes anteriores é proposto o "Acordo
de Sokovia" (nação arrasada durante os eventos de Vingadores: Era de Ultron) que colocaria os herois para trabalhar
sob ordens das Nações Unidas e supervisionado pelo General Ross (William Hurt).
Isso, somada à suspeita do envolvimento de Bucky (Sebastian Stan) em um ato
terrorista recente, faz colidir as personalidades de Steve Rogers (Chris Evans)
e Tony Stark (Robert Downey Jr.) e provoca uma cisão na equipe.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Crítica - O Dono do Jogo
Quando
soube que a história do prodígio do xadrez Bobby Fischer seria contada a partir
de seu longo duelo com o campeão russo Boris Spassky, imaginei que o filme
seria uma mistura de Rocky IV (1985),
por usar uma disputa esportiva com valor simbólico para a Guerra Fria, com Uma Mente Brilhante (2001), por causa do
protagonista paranoico e com claros problemas mentais, e, bem, O Dono do Jogo é exatamente isso sem
tirar nem por.
No
filme, Fischer (Tobey Maguire) começa a bilhar no xadrez desde adolescente e ao
chegar na idade adulta tem sua carreira financiada pelo governo e entidades
privadas para poder competir ao redor do mundo e assim finalmente derrotar os
imbatíveis enxadristas russos, em especial o campeão Spassky (Liev Schrieber).
Ao longo da jornada ele tem a companhia de seu advogado/empresário Paul
Marshall (Michael Stuhlbarg, que esse ano trabalhou nos indicados ao Oscar Steve Jobs e Trumbo: Lista Negra) e do padre e enxadrista Bill Lombardy (Peter
Saarsgard).
O
principal empecilho para o triunfo de Fischer, no entanto, não são seus
adversários, mas sua própria mente e ego, já que ele constantemente se perde em
delírios paranoicos sobre estar sendo perseguido pelos comunistas e judeus,
ações que o afastam do mundo competitivo e das pessoas ao seu redor. A questão
é que o filme mostra muito da paranoia e instabilidade do personagem, mas
parece fazer pouco esforço para estudá-lo ou analisá-lo, vemos uma sucessão de
episódios de desequilíbrio mental ou emocional, mas o filme pouco tenta
compreender o que está por trás disso.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 26 de abril de 2016
Crítica - Ratchet & Clank
A
primeira vez que botei minhas mãos em um game
da franquia Ratchet and Clank foi
em Ratche and Clank: Size Matters
no PSP e apesar de estar ciente dos altos elogios dados à franquia, entrei sem
esperar muita coisa. Rapidamente, no entanto, fui fisgado pela mistura ágil e
precisa de tiro em terceira pessoa e plataforma, universo colorido e criativo,
bom humor e gameplay variado. Todas
essas virtudes foram sendo mantidas ao longo dos exemplares posteriores e
certamente estão presentes neste excelente reboot
exclusivo para o PS4 chamado apenas de Ratchet and Clank.
Voltando
às origens da dupla, o novo jogo reconta como o lombax Ratchet conheceu o
pequeno robô Clank e a primeira aventura deles para deter o megalomaníaco Drek
e o sinistro Dr. Nefarious. Além disso, também presenciamos o primeiro encontro
da dupla com os patrulheiros galácticos liderados pelo convencido Capitão
Qwark.
O
game mantém a afiada jogabilidade em terceira pessoa que é característica da
franquia, atirar, esquivar e saltar é bastante intuitivo e graças à enorme
variedade de armas e gadgets, o
combate e a exploração jamais se tornam cansativos, já que sempre há um novo
armamento para enfrentarmos os inimigos ou equipamento para dar novas
possibilidades de exploração. Ainda temos também os segmentos em que usamos
apenas Clank e envolvem a solução de puzzles,
combates a bordo de aeronaves e eventos de corrida que ajudam a dar variedade
ao gameplay.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
A Hollywood dos Irmãos Coen em Ave, César!
Em nossa crítica de Ave, César!, novo filme dos irmãos Coen
que simultaneamente parodia e homenageia a Hollywood dos anos de 1940 e 1950,
falamos da natureza altamente referencial do longa e como os diretores se
inspiraram e fizeram graça em cima de personagens e tipos de filmes que
realmente eram feitos naquele período. Assim sendo, resolvemos falar um pouco
das personagens e filmes que compõem o olhar dos Coen sobre a Hollywood das
antigas.
O Chefe de Estúdio
O protagonista do filme é o chefe
de estúdio Eddie Mannix (Josh Brolin), encarregado de resolver os problemas dos
artistas e produções da fictícia Capitol Pictures. Mannix realmente existiu e
assim como no filme era um católico devoto, obcecado por seu trabalho e
costumeiramente tirava seus atores de encrenca. O Mannix real foi chefe de
estúdio da MGM de 1925 até o início da década de 1960 e sob sua batuta foram
feitos filmes como Quo Vadis (1951),
épico sobre um aristocrata romano que aos poucos começa a crer no cristianismo
que inspirou o Ave, César! feito dentro do filme. Essa não é a primeira vez que
Mannix é retratado nos cinemas, em 2006 ele foi vivido por Bob Hoskins em Hollywoodland: Bastidores da Fama, filme
que abordava a misteriosa morte de George Reeves, ator que interpretava o
Superman no seriados dos anos 50, na qual Mannix talvez estivesse envolvido.
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quarta-feira, 20 de abril de 2016
Crítica - Milagres do Paraíso
Misturando
uma daquelas histórias de superação pessoal baseada em fatos reais que o cinema
já cansou de fazer com uma espécie de propaganda cristã, este Milagres do Paraíso tinha tudo para ser
um desastre total. Por isso fiquei bastante surpreso ao perceber que o filme
não era tão ruim quanto imaginava, apesar de também não ser exatamente uma
experiência satisfatória.
A
trama segue a dona de casa Christy (Jennifer Garner) cuja filha, Anna (Kylie
Rogers), começa a apresentar uma rara doença intestinal sem cura que faz seu
corpo ser incapaz de processar os alimentos. Acompanhar a filha através dessa
grave doença vai aos poucos se revelando uma provação para toda a família, fazendo
Christy repensar a sua fé cristã.
Pela
premissa já dá para imaginar que é daqueles filmes feitos com o propósito de
constantemente levar o público às lágrimas ao explorar o constante sofrimento
de suas personagens e, bem, é exatamente isso que o filme faz. Saímos de uma
sala de emergência a um mal-estar, a uma consulta média, a exames, a mais
notícias ruins e assim sucessivamente. Cada vez que achamos que as coisas não
vão ficar piores, elas ficam e há uma sucessão tão constante de cenas de
sofrimento que o filme se torna monótono, já que o fluxo da trama quase não nos
dá momentos para respirar.
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terça-feira, 19 de abril de 2016
Crítica - Better Call Saul: 2ª Temporada
Quando
uma série derivada de Breaking Bad foi
anunciada, temi que fosse apenas um caça-níqueis feito para faturar em cima da
popularidade e qualidade da série original. A primeira temporada de Better Call Saul, no entanto, me
surpreendeu por manter o alto nível de cuidado e atenção aos detalhes que o showrunner Vince Gilligan exibia em Breaking Bad. Mais que isso, era um
prelúdio que trazia tantas camadas adicionais a personagens conhecidos que
chegava até a enriquecer e me fazer olhar de outro modo vários momentos na
série original, algo raro quando uma narrativa trata de algo cujo final já
conhecemos. Quer dizer, na verdade não sabemos o fim de Saul Goodman, o que
sabemos está mais para o "meio" de sua história do que o final, como
deixam claros os flashfowards em
preto e branco que iniciam as duas temporadas e mostram que apesar da nova vida
aparentemente pacata, Jimmy McGill parece sentir falta de ser Goodman. Todas
essas qualidades se mantem nesse segunda temporada, que tratarei com mais
detalhes a seguir. Como de costume, pequenos SPOILERS são inevitáveis.
Esta
segunda temporada continua a ampliar o conflito entre Jimmy (Bob Odenkirk) e
seu irmão Chuck (Michael McKean) que ao final da temporada anterior revelou ser
o responsável por não permitir que Jimmy trabalhasse na empresa da qual ele é
sócio por não achar o irmão digno de ser advogado. A inclinação de Jimmy a atos
desonestos ou que podem ser vistos como antiéticos também começa a distanciá-lo
de sua namorada Kim (Rhea Seehorn), que não vê com bons olhos o modo como ele
ignora as regras e procedimentos. Ao mesmo tempo, Mike (Jonathan Banks)
continua a trabalhar para pequenos traficantes até o ponto em que Nacho
(Michael Mando, o Vaas de Far Cry 3)
lhe pede um serviço arriscado que o coloca na mira dos cartéis.
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segunda-feira, 18 de abril de 2016
Crítica - No Mundo da Lua
Ainda
hoje a ida do homem à Lua é fruto de controvérsias e das mais absurdas teorias
conspiratórias, inclusive a de que nunca pisamos em solo lunar e tudo foi uma
grande farsa. A recente animação No Mundo
da Lua brinca um pouco com tudo isso, mas lhe falta energia e criatividade
para ser uma aventura minimamente interessante.
A
corrida espacial começa quando um excêntrico bilionário começa a afirmar que o
pouso na Lua não aconteceu e constrói um foguete para chegar lá e poder
reclamá-la para si e explorar uma poderosa matriz energética com base nas
rochas lunares. Para impedir que o bilionário reescreva a história e tome a Lua
para si, o governo inicia sua própria missão lunar reutilizando os antigos
foguetes usados nas missões Apollo e trazendo de volta os antigos astronautas.
O que o governo e NASA não esperavam é que o jovem Mike, um garoto de 12 anos
cujo pai e avô foram astronautas, e seus amigos se infiltrassem na missão e
viajassem juntos para a Lua.
É
uma típica história sobre garotos desajustados e considerados
"perdedores" tentando provar seu valor ao mundo, já vimos isso em uma
miríade de outros filmes infantis e este pouco se esforça para sair do traçado
familiar deste tipo de história. O filme toca em temas como a importância da
união familiar, o perigo da ganância desmedida e abuso dos recursos naturais,
são lições válidas para se trazer aos pequenos, mas o problema é que tudo se
desenvolve de modo bastante previsível e o filme nunca consegue sair dos
lugares-comuns que já nos acostumamos a ver.
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quinta-feira, 14 de abril de 2016
Crítica - Sinfonia da Necrópole
O
cinema brasileiro tem uma longa tradição na produção de filmes musicais, dos
musicais carnavalescos e chanchadas dos primeiros anos do nosso cinema sonoro,
passando pelos filmes da Jovem Guarda nos anos sessenta aos musicais do chamado
BRock, que traziam músicas e artistas do rock nacional, nos anos oitenta. Nos
últimos anos a produção musical se concentrou no filão das cinebiografias, como
Gonzaga: De Pai Para Filho (2012) ou Tim Maia (2014), nos quais os números de
canto e dança apareciam de modo mais "natural" através das
apresentações dos artistas.
Exemplares
"mais tradicionais" do gênero, nos quais os personagens começam a
cantar e dançar "do nada" para uma melodia que não está ali, tem
aparecido apenas em produções mais independentes como O Que Se Move (2013), que tinha um viés mais dramático ao se
concentrar em pessoas lidando com tragédias pessoais, e neste Sinfonia da Necrópole, que abraça o lado
mais cômico do musical, mas sem deixar de lidar com questões como nossa relação
com a morte ou o processo de urbanização das nossas cidades.
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