Depois
do final decepcionante da sexta temporada que eliminou de maneira trôpega e
apressada vários personagens da série, temi pelo que poderia acontecer na
sétima e última temporada de The Good
Wife. A segunda metade da temporada anterior tinha sido relativamente
inferior ao alto nível que a série costumava a apresentar e havia o temor de
que sua última temporada pudesse oferecer um desfecho indigno de sua
trajetória. A questão é que apesar de problemático e polarizador, o final não
chega a ser completamente insatisfatório como aconteceu com séries como Dexter ou Two and a Half Men. Devo avisar que os parágrafos seguintes estão
cheios de SPOILERS da temporada em questão e também de eventos anteriores.
Em
virtude da "limpa" promovida no fim da temporada anterior, o início
da sétima temporada demorou um pouco para engrenar, já que praticamente
"resetou" a série e precisava nos apresentar a um conjunto de novos
personagens e também a uma situação radicalmente nova para Alicia Florrick
(Julianna Margulies) que agora trabalhava completamente por conta própria.
As
principais adições foram a sagaz e enérgica advogada Lucca Quinn (Cush Jumbo),
que sempre tinha um comentário mordaz na ponta da língua, mas apesar de ser
altamente carismática a série parecia não saber o que fazer exatamente com ela.
Tanto que em boa parte da metade final da temporada sua função era basicamente
"shippar" o casal Alicia e Jason (Jeffrey Dean Morgan, que fez o
Thomas Wayne no recente Batman vs Superman: A Origem da Justiça). Com um charme rústico e uma boa química com
Margulies, eles formaram um casal interessante e o espírito incansável do
investigador fez dele um substituto digno da ausente Kalinda (Archie Panjabi)
embora não esteja à altura dela nos melhores momentos da série.