Confesso que não achei a primeira
temporada de Agentes da S.H.I.E.L.D
grande coisa, sem foco e sem conseguir dosar humor e tensão, a série parecia
presa à sombra do universo cinematográfico da Marvel. Claro, ela melhorou
bastante depois que a reviravolta de Capitão América: O Soldado Invernal permitisse que os personagens seguissem seus
próprios rumos. A segunda temporada se aprofundou um pouco mais nos personagens
e no próprio universo Marvel (inclusive introduzindo os inumanos), mas foi
nesta terceira que a série pareceu chegar no potencial que se esperava dela.
Evidentemente o texto a seguir contem SPOILERS.
Começando pouco tempo depois dos
eventos da temporada anterior, vemos os agentes tentando conter os efeitos dos
cristais terrígenos lançados nos mar que fazem surgir novos inumanos que ainda
não são capazes de compreender plenamente seus poderes. À frente da busca por
esses novos inumanos está Skye, quer dizer, Daisy (Chloe Bennet), finalmente
usando seu nome real e no controle das habilidades que adquiriu na segunda
temporada. A situação deles se complica quando uma nova força-tarefa do
governo, a ATCU, começa a caçar e capturar os inumanos, fazendo Coulson (Clark
Gregg) desconfiar que sua líder, Rosalind (Constance Zimmer), trabalhar para a
Hidra.
Ao contrário das temporadas
anteriores, essa consegue finalmente equilibrar a tensão e humor, já que antes
o excesso de tiradas engraçadinhas em momentos de tensão e urgência acabava
aborrecendo e dando uma impressão de inconsistência tonal. Com esse novo
equilíbrio, a temporada conseguiu manejar bem a tensão e suspense na primeira
metade da temporada conforme os agentes tentam descobrir se Rosalind é ou não
uma ameaça, além do surgimento de Lash, uma feroz criatura devotada a matar
inumanos e também da insistência do renegado Ward (Brett Dalton) em continuar a
dar trabalho aos heróis.