O primeiro Independence Day (1996) não era lá grande coisa, mas funcionava
como uma diversão descartável e descompromissada graças aos efeitos especiais
que criavam uma destruição em larga escala e ao carisma de Will Smith. Vinte
anos depois, esses efeitos especiais se tornaram lugar comum em grandes
produções de Hollywood e Will Smith preferiu não voltar para a continuação.
Assim, esse Independence Day: O
Ressurgimento já nascia como um projeto desprovido daquilo que chamava
atenção do primeiro (a inovação visual e o seu astro) deixando em dúvida se
seria capaz de entregar algo que preste e a verdade é que realmente não
consegue.
Vinte anos depois do primeiro
filme, a Terra vem se preparando para uma nova ofensiva dos alienígenas, com
David Levinson (Jeff Goldblum) liderando a força-tarefa responsável. O
ex-presidente Whitmore (Bill Pullman) começa a ter visões envolvendo o retorno
dos inimigos e avisa sua filha Patricia (Maika Monroe, do ótimo Corrente do Mal), mas ninguém lhe dá
ouvidos, julgando ser estresse pós-traumático. Apesar de toda a preparação,
nada estava à altura do novo ataque, que mais uma vez parece prestes a
extinguir a raça humana.
Se a história anterior não era
exatamente um primor narrativo, pelo menos ia direto ao ponto, rapidamente
estabelecendo a ameaça e fazendo os arcos dos personagens convergirem
rapidamente para dar prosseguimento à ação. Esse novo filme não consegue fazer
nem isso e na marca dos quarenta minutos, de um total de cento e vinte, ainda
está introduzindo seus personagens quando já deveria estar iniciando o
conflito.