"Todos morremos sozinhos, mas se você significou algo para alguém,se
ajudou alguém ou amou alguém, se uma única pessoa lembrar de você, então talvez
você nunca morra de verdade"
Essa frase, dita pela Máquina ao
fim do último episódio de Person of
Interest é uma síntese bastante acertada do olhar da série sobre (e da
própria Máquina) sobre as relações humanas. Podemos estar distantes um do
outro, desamparados no momento em que morremos, podemos achar que tudo é barulho
e caos, não vermos "o grande esquema das coisas" ou como nossas vidas
se encaixam uma na outra, mas no fim das contas nossas ações tem impacto naqueles
ao nosso redor. O que fazemos, por menor ou sem significado que pareça, quem
ajudamos, quem deixamos de ajudar, tudo isso contribui para construir ao mundo
a nossa volta, somando-se ao conjunto de ações de cada indivíduo. Cada pessoa,
ao seu modo, é importante e faz alguma diferença no mundo.
Confesso que temi por esta quinta
e última temporada quando foi anunciado que ela teria apenas 13 episódios e não
os 22 habituais, já que a redução poderia prejudicar os planos iniciais do
criador Jonathan Nolan para encerrar a série. Felizmente, a temporada consegue
ir direto ao ponto, trazer uma sensação de clímax iminente e ainda assim
arrumar espaços para que possamos respirar, tudo isso sem que a trama pareça
corrida ou apressada demais. A partir deste ponto SPOILERS são inevitáveis.