Estava há um tempo procurando um
exemplar mais tradicional de RPG japonês para jogar e acabei me deparando com
este Star Ocean: Integrity and
Faithlessness, sexto exemplar da conhecida franquia de RPGs que começou no
Super Nintendo. Confesso que não tenho muita experiência com a franquia, então
não tenho como dizer como ele se sustenta em comparação com os demais, minha
perspectiva aqui é a de um neófito.
A trama começa com a guerra entre
dois reinos no planeta Faykreed IV. O jovem espadachim Fidel Camuze é pego no
meio do conflito quando sua pequena vila é atacada por soldados do reino
vizinho. Sem condições de lidar com a invasão por conta própria, ele parte para
pedir reforços da capital, mas no caminho encontra uma espaçonave caída com uma
garota sem memórias e incríveis poderes mágicos chamada Relia. Aos poucos, o
que ele achava ser uma mera disputa territorial entre reinos vizinhos na
verdade envolve um conflito em escala galáctica.
O problema da narrativa nem é se
apoiar no clichê da "menininha mágica com o poder de salvar/destruir o
mundo" e mais por sua natureza repetitiva na qual não consegue usar a
premissa de nenhum modo que seja minimamente interessante. Praticamente todas
as missões da história envolvem a captura de Relia pelos vilões ou uma
tentativa de resgatá-la. Lá pela terceira ou quarta vez que a garota é levada
pelos inimigos imediatamente depois de tê-la salvado, comecei a torcer
para que a menina desgraçada morresse de uma vez ao invés de me fazer andar em
círculos em uma narrativa que parecia presa em um ciclo de redundância. Isso
piora quando percebemos o quanto a história do jogo é curta para os padrões de
um JRPG, podendo ser terminada em cerca de 20 ou 25 horas e boa parte dela é
esse vai e vem envolvendo Relia.