segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Crítica - O Bebê de Bridget Jones

Bridget Jones


poster o bebê de bridget jones
Feito doze anos depois de Bridget Jones: No Limite da Razão (2004), este O Bebê de Bridget Jones podia ser mais uma dessas continuações tardias que não demonstra ter nada a oferecer além da nostalgia pelos antecessores como Jurassic World (2015) ou Debi e Lóide 2 (2014). Felizmente essa nova história de Bridget Jones não se enquadra nesta categoria, conseguindo trazer uma história que demonstra dialogar com os dias atuais, mas sem esquecer o que torna sua protagonista tão interessante.

Na trama, depois de passar seu aniversário sozinha (na hilária abertura com a canção All By Myself) Bridget decide dar uma guinada em sua vida. Ela vai com uma amiga a um festival de música e conhece Jack (Patrick Dempsey) com quem passa a noite e dias depois reencontra o ex-namorado Darcy (Colin Firth) e também passa a noite com ele. O tempo passa e ela percebe estar ganhando peso e colegas de trabalho sugerem que ela pode estar grávida. Agora, além de ter que lidar com seus novos chefes e sua recém-descoberta gravidez, precisa também encontrar um modo de descobrir quem é o pai, já que tanto Jack quanto Darcy são candidatos possíveis.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Crítica - Sete Homens e Um Destino

Resenha Sete Homens e Um Destino


Sete Homens e Um Destino
Sete Homens e Um Destino (1960) é ainda hoje um dos mais icônicos westerns já feitos, então a ideia de refazer algo tão marcante (ainda que ele fosse basicamente uma versão ocidentalizada de Os Sete Samurais de Akira Kurosawa) me deixava temendo por outra bomba baseada em um filme seminal como foi o caso do recente (e indefensável) Ben-Hur. Felizmente, este novo Sete Homens e Um Destino é bem apreciável, ainda que não tenha muito a dizer que já não tinha sido dito antes.

Na trama, o rico empresário Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard) oprime uma pequena vila no velho oeste dos Estados Unidos para tomar as terras dos habitantes. Cansados da violência perpetrada por Bogue, alguns habitantes liderados pela viúva Emma (Haley Bennett), decidem contratar pistoleiros para ajudá-los a enfrentar seu algoz. A viúva encontra o pistoleiro Chisolm (Denzel Washington) e o contrata para ajudar, mas ele sabe que não será suficiente e recruta outros seis capazes combatentes, entre eles o atirador Robicheaux (Ethan Hawke), o jogador Faraday (Chris Pratt) e o lutador Billy (Byung-hun Lee, o ninja Storm Shadow dos filmes dos G.I Joe).

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Crítica - How to Get Away With Murder: 2ª Temporada

Crítica Como Defender um Assassino temporada 2


Como Defender um Assassino 2ª Temporada
Depois de uma primeira temporada muito boa, a série How To Get Away With Murder (Como Defender um Assassino na tradução brasileira) retorna para o seu segundo ano mantendo a mesmo formato de uma trama que se desenvolve paralelamente em dois tempos. Ainda que mantenha as qualidades da temporada anterior, também repete alguns de seus problemas. Aviso que o texto a seguir tem SPOILERS

A trama começa exatamente onde a primeira temporada terminou com o misterioso assassinato de Rebecca (Kate Findlay), a única que podia contar sobre o acobertamento da morte do marido de Annalise (Viola Davis). Ao mesmo tempo, a trama salta para o futuro mostrando baleada e agonizando em uma poça de seu próprio sangue, nos deixando em suspense sobre como a situação chegou àquele ponto e o que irá realmente acontecer com a personagem.

A temporada não perde tempo em revelar a pessoa culpada pela morte de Rebecca, já que demorar muito em um mistério remanescente da temporada anterior poderia travar o progresso da temporada. Com essa resposta obtida, a narrativa foca em colocar Annalise e seus alunos para lidar com as consequências de tudo que aconteceu na temporada anterior, o que coloca a lealdade do grupo à prova, ao mesmo tempo em que eles precisam lidar com um novo e complicado caso de dois irmãos que podem ter matado os pais e talvez tenham um caso incestuoso.

Vencedores do Emmy 2016



A Academia de Artes e Ciências Televisivas de Hollywood entregou ontem, 18 de setembro os prêmios da 68ª edição dos Emmy, a mais importante premiação da televisão estadunidense. Entre os maiores vencedores da noite ficaram Game of Thrones, que se sagrou como a série que mais venceu Emmys na história, e American Crime Story: The People v. O.J Simpson, série de antologia produzida por Ryan Murphy (de Glee e American Horror Story) que a cada temporada deve trazer a história de um crime real, sendo esta primeira temporada baseada no julgamento de O. J Simpson. Confiram abaixo os indicados e vencedores (destacados em negrito).

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Crítica - Quantico: 1ª Temporada

Quantico 1ª Temporada


Review Quantico Season 1
Eu não esperava muita coisa quando comecei a ver esta 1ª temporada da série Quantico. Imaginei que seria só mais um procedural envolvendo agentes do FBI investigando casos de terrorismo e talvez um arco maior interligando. Felizmente o que encontrei foi uma série que criava um mistério envolvente e cheio de intrigas, com personagens carregados de ambiguidade e um ritmo que te deixava na ânsia por mais um episódio.

A trama é centrada em Alex (Priyanka Chopra) uma agente novata no FBI. Quando um atentado terrorista destrói a Grand Central Station em Nova Iorque e ela é encontrada entre os destroços, as autoridades começam a suspeitar que a novata pode estar envolvida no atentado. Acusada de um crime que não cometeu, Alex decide investigar por conta própria e começa a suspeitar que quem tramou contra ela pode ter sido um de seus colegas na academia do FBI em Quantico. Assim, enquanto tenta provar a sua inocência, ela também tenta lembrar dos seus dias de treinamento, na esperança de localizar culpado.

Os episódios misturam os eventos presentes com flashbacks do treinamento de Alex em uma dinâmica que lembra a metade inicial da primeira temporada de How to Get Away With Murder. A série é bastante hábil em nos colocar em um constante estado de incerteza, criando personagens que nunca parecem o que aparentam e constantemente tem segundas (e até terceiras) intenções e colocando dilemas de ordem ética e moral que fazem nossa adesão aos personagens mudar constantemente. Em um instante podemos estar do lado de alguém para no seguinte considerarmos a mesma pessoa deplorável por causa de alguma atitude. Em um trabalho como o desses agentes certo e errado não são simples de delimitar e a série é inteligente o bastante para não dar respostas fáceis a essas questões.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Crítica - Bruxa de Blair

Bruxa de Blair


Bruxa de Blair 2016
Não fiquei exatamente empolgado com o anúncio de um novo filme da franquia A Bruxa de Blair. Apesar do primeiro filme ter iniciado o atual ciclo de filmes de terror estilo found footage (embora não tenha sido o primeiro), sua continuação, A Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras (2000), que abandonava o formato, foi simplesmente um desastre. Nem mesmo o anúncio de que este novo filme retornaria ao formato de found footage me empolgou, afinal a maioria dos produtos desse formato como A Forca (2015) ou A Possessão do Mal (2015) eram porcarias insuportáveis e poucos filmes desse estilo, como A Visita (2015), realmente valiam ser conferida. Assim chegamos a este Bruxa de Blair, que ignora os eventos do segundo filme e funciona como uma continuação do primeiro, embora seja funcionalmente um remake, já que a estrutura da trama, situações, sustos, modo de filmar e tudo mais são quase idênticos. Pensem no inútil remake quadro a quadro de Psicose feito por Gus Van Sant em 1998 e vocês vão ter uma ideia clara do que acontece aqui.

A trama segue James (James Allen McCurrie), irmão de uma das personagens do primeiro filme. Anos depois da fita de sua irmã ter sido achada na floresta, ele se pergunta o que realmente aconteceu. Quando uma nova filmagem é encontrada e ele pensa ter visto a irmã nas imagens. Assim, ele junta um grupo de amigos e parte para uma expedição na mesma floresta que a irmã sumiu e obviamente leva consigo um amplo aparato de filmagem.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Crítica - Blindspot: 1ª Temporada

crítica Ponto Cego


crítica Ponto Cego primeira temporada
Uma sacola é deixada no meio de uma rua movimentada em Times Square, Nova Iorque, com uma etiqueta que pede para chamarem o FBI. Imediatamente se pensa em um atentado terrorista, todas as ruas são fechadas e uma unidade anti-bombas é chamada. Ao se aproximarem da sacola, percebem que algo se move dentro dela. A sacola é aberta e de dentro dela sai uma mulher completamente nua, com o corpo coberto por tatuagens que parecem ser recentes e sem nenhuma memória de quem é ou como foi parar ali. As tatuagens parecem conter mensagens sobre crimes e conspirações em progresso ou prestes a acontecer, então o FBI resolve manter a mulher, apelidada de Jane (Jamie Alexander), por perto, principalmente quando ela demonstra experiência em combate, dando a impressão de que ela pode ter sido militar ou membro de alguma agência de inteligência. É com essa premissa cheia de mistério e intriga que inicia a primeira temporada de Blindspot. SPOILERS a partir deste ponto.

Tudo bem, a ideia do indivíduo sem memórias que descobre ser um super agente envolvido em conspirações que mal consegue entender não é exatamente novidade, A Identidade Bourne (2002) que o diga. Ainda assim Blindspot consegue criar um jogo de intrigas que realmente consegue manter a atenção. A trama consegue nos manter incertos quanto ao que está realmente acontecendo quais são os planos para as tatuagens de Jane, tanto os que o FBI tem para ela, quanto os da misteriosa organização que as fez.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Jogamos o beta de Nioh

Preview: Nioh


Nunca cheguei a jogar os games da franquia Dark Souls, mas quando soube que a desenvolvedora Team Ninja, responsável pelos recentes Ninja Gaiden, faria um jogo com essa pegada se passando no período do Japão feudal, confesso que fiquei realmente curioso. Tanto que corri para jogar o beta aberto assim que soube de sua disponibilidade e o resultado é realmente promissor.

Assim como os Dark Souls, Nioh é um RPG de ação que exige cuidado e precisão dos jogadores. Sair atacando a esmo é um erro fatal, já que os inimigos causam dano altíssimo, e como cada ataque ou esquiva gasta um pouco da barra de ki (que representa o vigor físico do personagem) é preciso ser estratégico em quando atacar e desviar, caso contrário ficará impossibilitado por um tempo de realizar essas ações até a barra começar a recarregar. Assim, é preciso conhecer os padrões dos inimigos e esperar pelas aberturas para poder atacar, pois morrer significa perder todos os pontos de experiência que o jogador tem consigo (e acreditem, vocês vão morrer muito). Tal como em Dark Souls é possível voltar até o ponto em que se morreu para recuperar os pontos perdidos, mas morrer uma segunda vez significa perdê-los para sempre. Juntando uma quantidade determinada de pontos de experiência é possível ir até um altar e adicionar pontos aos atributos do personagem.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Crítica - Cães de Guerra

Banner Cães de Guerra


Pôster Cães de GuerraFamoso pela trilogia Se Beber, Não Case, o diretor Todd Phillips agora tenta criar uma comédia calcada na crítica social com este Cães de Guerra que tenta fazer graça em cima dos métodos através dos quais o governo dos Estados Unidos adquirem armas para as suas forças armadas.

A trama é baseada em fatos reais e acompanha David (Miles Teller), um jovem que se encontra frustrado e preso em uma série de empregos sem futuro. Sua situação muda quando ele encontra Efraim (Jonah Hill), um antigo amigo de infância que agora dirige uma pequena empresa que vende armas para o governo. Efraim mostra a David como é fácil tirar proveito nas licitações de pequenas compras de armamento do governo e a partir daí a dupla começa a tentar ganhar dinheiro fácil com essas licitações.

Esse universo do comércio de armas e suas implicações, financeiras, políticas e morais já tinha sido abordado no ótimo O Senhor das Armas (2005) e Cães de Guerra não tem praticamente nada a acrescentar ao que já foi dito antes, ainda que explique de modo didático como funciona o sistema de aquisição do governo dos EUA. Outro problema é que diferente de outros narrativas que misturam comédia e crítica social, como o ótimo A Grande Aposta (2015), o filme nunca consegue realmente equilibrar a comédia e a seriedade.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Crítica - O Homem nas Trevas

O Homem nas Trevas


Um grupo de pessoas se vê confinada em um ambiente fechado com um predador feroz que não irá parar até que todos estejam mortos. O predador em questão é cego, mas tem sentidos aguçados que fazem o mais leve barulho ser uma sentença de morte. Essa é a premissa de Alien: O Oitavo Passageiro (1979), mas cabe perfeitamente neste O Homem nas Trevas, substituindo o xenomorfo por um ex-militar cego.

A trama acompanha um grupo de jovens, Rocky (Jane Levy), Alex (Dylan Minnette) e Money (Daniel Zovatto), que vive de pequenos roubos. A sorte deles está para mudar quando eles encontram a oportunidade do típico "assalto definitivo" ao ouvirem falar na história de um homem cego (Stephen Lang) que mora sozinho em uma casa localizada em um bairro decrépito e abandonado da falida Detroit. Chegando na casa, o trio descobre que o homem cego não é tão indefeso quanto parece e passam de algozes a vítimas quando se veem presos dentro do imóvel.