Se você quisesse criar uma
história para falar sobre como pessoas como autismo podem ser inseridas na
sociedade e viverem vidas plenas apesar de suas deficiências, que tipo de
história você criaria? Tentaria contar uma história sobre uma pessoa que se
torna um bom profissional, forma uma família e cria profundos laços de amizade
ou uma trama sobre um sujeito autista que se torna um vigilante e assassino
implacável que mistura Jason Bourne, Batman e Lisbeth Salander? Pois é justa e
estranhamente à segunda opção que este O
Contador se apega e não tenho certeza se é a mais adequada para passar uma
mensagem de tolerância e importância de inserção social, embora o filme tenha
sua parcela de qualidades.
Christian Wolff (Ben Affleck) é
um homem que sofre de algum tipo de autismo ou Asperger e vive como contador.
Apesar de sua fachada pacata, ele na verdade trabalha lavando dinheiro para
vários grandes criminosos internacionais, mas também faz justiça com as
próprias mãos quando estes violam seu estrito código de honra. Seu cliente mais
recente é uma empresa de alta tecnologia que suspeita de desfalque. Quando ele
encontra o dinheiro faltando, ele e assistente contábil Dana (Anna Kendrick),
se tornam alvos de um grupo de mercenários liderados pelo misterioso Brax (Jon
Bernthal).