O primeiro Assassino à Preço Fixo (2011), remake
de um filme homônimo de 1972 com Charles Bronson, não era nenhuma bomba, mas
também não era o tipo de filme que você saía da sessão empolgado e desejando
uma continuação. Ainda assim, mesmo sem ninguém querer, nem pedir esse Assassino à Preço Fixo 2: Ressurreição
chega aos cinemas e paradoxalmente ao que diz seu subtítulo, sepulta a
possibilidade de tentar transformar em franquia o que era só mais um filme de
ação.
Passados alguns anos depois do
primeiro filme, o assassino Bishop (Jason Statham) vive no Brasil com nova
identidade até ser descoberto por uma misteriosa organização. Ao descobrir que
está sendo caçado por um antigo rival, ele foge para a Tailândia para montar
uma ofensiva, mas quando sua namorada, Gina (Jessica Alba), é sequestrada, ele
precisa realizar três assassinatos a mando do vilão para garantir a liberdade
dela.
A trama é basicamente uma
reciclagem do template básico dos
filmes de ação dos anos oitenta de "vamos resgatar a namorada". Isso
não é um problema em si. Não vou assistir um filme desses esperando um
drama shakespeariano, mas sim o fato de não fazer nenhum esforço para ir além desse
lugar-comum, nos deixando com uma narrativa sem um pingo de personalidade. O
romance entre Gina e Bishop acontece simplesmente porque o roteiro manda, já
que num instante ele desconfia dela, para no outro já estar completamente
apaixonado, levando-a para cama e lhe dando seu relógio, um presente de seu
finado pai que ele nunca tira do pulso.