domingo, 6 de novembro de 2016

Crítica - Dragon Ball Xenoverse 2

Review Dragon Ball Xenoverse 2


Resenha Dragon Ball Xenoverse 2
O primeiro Dragon Ball Xenoverse chamava a atenção por oferecer uma nova história dentro do universo da franquia, trazendo a inédita vilã Towa e seu guerreiro Mira que viajavam pelo tempo tentando roubar o poder dos guerreiros Z. O jogador criava um personagem dentre as principais raças deste universo, podendo customizá-lo com equipamentos e habilidades e partia por uma viagem através do tempo ao lado de Trunks.

Era uma trama que trazia certo frescor à franquia (embora a ideia de criar o próprio personagem já tivesse aparecido no fraco Ultimate Tenkaichi) e encantava pela possibilidade de ver seu próprio guerreiro lutando ao lado dos personagens famosos, ainda que faltasse polimento em vários aspectos. Pois este Dragon Ball Xenoverse 2 não só corrige muitos dos problemas do original como expande a narrativa e adiciona algumas novas ideias. Não é irretocável como Budakai Tenkaichi 3, que considero o melhor da franquia, mas certamente é competente.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Crítica - Doutor Estranho

Análise Doutor Estranho


Review Doutor Estranho
Com mais de uma dúzia de filmes debaixo do braço a Marvel agora tenta emplacar seus personagens menos conhecidos nos cinemas. Ao mesmo tempo, precisa lidar com o desafio de oferecer algo diferente em um segmento (o de filmes de super-heróis) cada vez mais saturado e conhecedor dos lugares comuns deste tipo de narrativa. Este Doutor Estranho seria uma ótima oportunidade para o estúdio sair do seu molde típico e fazer algo mais ousado. O que entrega, no entanto, é uma história de origem que segue todas as fórmulas que o estúdio estabeleceu previamente desde o primeiro Homem de Ferro (2006), mas que funciona graças ao carisma de seu elenco e a criatividade em conceber o universo grandiloquente e absurdo habitado por seus personagens.

A trama é centrada em Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) um cirurgião brilhante e egocêntrico que perde o uso das mãos em um grave acidente. Quando todos os recursos da medicina tradicional falham, Strange viaja até o Nepal onde encontra a Anciã (Tilda Swinton), que lhe mostra o poder das artes místicas e como elas podem lhe devolver o uso das mãos. Ao aceitar os ensinamentos dela, porém, Strange se vê no meio de uma guerra entre a Anciã e seu antigo discípulo Kaecillius (Madds Mikkelsen) que deseja abrir um portal para uma dimensão sombria.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

5 Contra 1: Filmes Recentes de Terror



Aproveitando a data do Dia das Bruxas (ou Halloween), resolvemos listar alguns bons filmes de terror lançados nos últimos dois anos e também lembrar de um que não funcionou muito bem. Confiram nossa lista e nos digam quais os piores e melhores filmes de terror que vocês viram ultimamente.

5 Bons:



A premissa é batida, um grupo de jovens preso em uma casa com uma força irrefreável, mas o diretor Fede Alvarez (do remake de A Morte do Demônio) é mais que hábil em criar situações cheias de tensão e promover algumas reviravoltas que vão tornando a narrativa ainda mais perturbadora.

Trailer:



quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Crítica - Black Mirror: 3ª Temporada

Review Black Mirror 3ª Temporada


A tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas e em certa medida facilita muitas coisas. Por outro lado também traz em si uma série de problemas e questões de cunho ético, moral e existencial. A série Black Mirror trata exatamente do lado pouco saudável de nossa relação com a tecnologia através de seus episódios que funcionam como pequenos contos de horror e ficção científica contando histórias isoladas sobre os problemas que o abuso ou uso pouco ético da tecnologia trazem. Alguns SPOILERS são inevitáveis a partir deste ponto.

É interessante como cada episódio começa tentando criar uma sensação de normalidade, mostrando como não há nada aparentemente errado no modo como aquelas pessoas vivem. Aos poucos vai mostrando ao público as rachaduras em cada universo até o ponto em que nos damos conta que há algo terrivelmente errado acontecendo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Crítica - Fora do Rumo

Resenha Fora do Rumo


Review Fora do RumoEstrelado por Jackie Chan e Johnny Knoxville, este Fora do Rumo segue a velha fórmula das comédias de ação de parceiros, nos apresentando uma dupla de protagonistas com personalidades antagônicas que são obrigados à cooperar para lidar com um problema (algo que o próprio Chan já tinha feito nas franquias A Hora do Rush e Bater ou Correr). O problema do filme é menos a repetição da fórmula em si e mais a maneira automática e sem brilho com a qual ela é utilizada.

A trama é centrada em Eddie (Jackie Chan), um policial de Hong Kong que perde seu parceiro durante a investigação de um criminoso cuja identidade real ninguém conhece. Anos depois ele está obcecado em obter vingança e a única presença em sua vida é a afilhada Samantha (Fan Bingbing), filha de seu parceiro morto. Quando o malandro Connor (Johnny Knoxville) rouba dinheiro do cassino no qual Samantha trabalha e ela é ameaçada pelos donos, Eddie resolve ir atrás de Connor para ajudar a afilhada. Isso o leva em uma viajem até a Rússia e de volta para Hong Kong.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Crítica - O Contador

Resenha O Contador Ben Affleck

Review O Contador
Se você quisesse criar uma história para falar sobre como pessoas como autismo podem ser inseridas na sociedade e viverem vidas plenas apesar de suas deficiências, que tipo de história você criaria? Tentaria contar uma história sobre uma pessoa que se torna um bom profissional, forma uma família e cria profundos laços de amizade ou uma trama sobre um sujeito autista que se torna um vigilante e assassino implacável que mistura Jason Bourne, Batman e Lisbeth Salander? Pois é justa e estranhamente à segunda opção que este O Contador se apega e não tenho certeza se é a mais adequada para passar uma mensagem de tolerância e importância de inserção social, embora o filme tenha sua parcela de qualidades.

Christian Wolff (Ben Affleck) é um homem que sofre de algum tipo de autismo ou Asperger e vive como contador. Apesar de sua fachada pacata, ele na verdade trabalha lavando dinheiro para vários grandes criminosos internacionais, mas também faz justiça com as próprias mãos quando estes violam seu estrito código de honra. Seu cliente mais recente é uma empresa de alta tecnologia que suspeita de desfalque. Quando ele encontra o dinheiro faltando, ele e assistente contábil Dana (Anna Kendrick), se tornam alvos de um grupo de mercenários liderados pelo misterioso Brax (Jon Bernthal).

Crítica - O Shaolin do Sertão

Resenha O Shaolin do Sertão


Quando escrevi sobre Cine Holliúdy (2013), filme anterior do diretor Halder Gomes, destaquei o quanto ele restaurava minha fé na capacidade do cinema brasileiro de produzir boas comédias em meio a um contexto dominado pelo chamado "formato Globo Filmes" que produziu e continua a produzir horrores intragáveis. Três anos se passaram e pouco mudou, as comédias brasileiras continuam a exibir resultados sofríveis, a exemplo dos péssimos Até que a Sorte nos Separe 3 (2015) e Um Suburbano Sortudo (2016), e mais uma vez Gomes mostra que é possível fazer boas comédias populares com este O Shaolin do Sertão.

A trama acompanha Aluisio Li (Edmilson Filho), cearense de Quixadá que adora filmes chineses de artes marciais e sonha ser um grande lutador e com isso arrebatar o coração de Anésia (Bruna Hamú), filha do dono da padaria (Dedé Santana) na qual trabalha. Sua chance de provar seus talentos surge quando o candidato a prefeito Rossivaldo (Frank Menezes) resolve trazer o lutador Tony Tora-Pleura (Fábio Goulart) para cidade e promete uma grande soma em dinheiro para quem derrotá-lo. Antes de enfrentar este grande oponente, no entanto, Aluisio resolve aprimorar suas técnicas com o Chinês (Falcão).

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Crítica - Inferno

Tom Hanks Inferno


Resenha Inferno
Um inteligente professor viaja pela Europa tentando decifrar pistas ocultas na obra de um célebre artista italiano acompanhado por uma inteligente parceira que aprendeu a decifrar enigmas com uma importante figura masculina de sua vida, tudo isso enquanto são caçados por diferentes grupos que querem encontrar o mesmo segredo. Essa é a trama de O Código Da Vinci (2006), mas também é a deste Inferno, nova aventura do professor Robert Langdon que repete sem nenhuma vergonha a estrutura de sua primeira adaptação cinematográfica de dez anos atrás.

Na trama, Langdon (Tom Hanks) acorda em um hospital em Florença, Itália, sem memória de como chegou ali. Ao perceber que está sendo caçado por uma organização misteriosa, ele foge com a ajuda da médica Sienna (Felicity Jones). Juntos eles descobrem que Langdon estava na pista de um perigoso vírus criado pelo bilionário Bertrand Zobrist (Ben Foster), cujas pistas, por algum motivo, ele escondeu em referências à obra de Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia.

Além de repetir toda a estrutura de O Código Da Vinci (2006), trocando apenas as obras de Leonardo pelas de Dante, também se apoia no velho clichê do sujeito desmemoriado que tenta descobrir como chegou a essa situação, algo que a franquia Bourne ou mesmo a série Blindspot já exploraram à exaustão. Se nos filmes anteriores havia ao menos uma razão plausível para que as pistas estivessem escondidas em obras de arte famosas, aqui não há qualquer razão para que o vilão tenha feito isso a não ser o fato de sua namorada gostar de Dante (e mesmo assim ela precisa de ajuda para desvendar as pistas, o que, de novo, não faz o menor sentido, já que estas foram deixadas tendo ela em mente).

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Crítica - Assassino à Preço Fixo 2: Ressurreição

Jason Statham Jessica Alba


O primeiro Assassino à Preço Fixo (2011), remake de um filme homônimo de 1972 com Charles Bronson, não era nenhuma bomba, mas também não era o tipo de filme que você saía da sessão empolgado e desejando uma continuação. Ainda assim, mesmo sem ninguém querer, nem pedir esse Assassino à Preço Fixo 2: Ressurreição chega aos cinemas e paradoxalmente ao que diz seu subtítulo, sepulta a possibilidade de tentar transformar em franquia o que era só mais um filme de ação.

Passados alguns anos depois do primeiro filme, o assassino Bishop (Jason Statham) vive no Brasil com nova identidade até ser descoberto por uma misteriosa organização. Ao descobrir que está sendo caçado por um antigo rival, ele foge para a Tailândia para montar uma ofensiva, mas quando sua namorada, Gina (Jessica Alba), é sequestrada, ele precisa realizar três assassinatos a mando do vilão para garantir a liberdade dela.

A trama é basicamente uma reciclagem do template básico dos filmes de ação dos anos oitenta de "vamos resgatar a namorada". Isso não é um problema em si. Não vou assistir um filme desses esperando um drama shakespeariano, mas sim o fato de não fazer nenhum esforço para ir além desse lugar-comum, nos deixando com uma narrativa sem um pingo de personalidade. O romance entre Gina e Bishop acontece simplesmente porque o roteiro manda, já que num instante ele desconfia dela, para no outro já estar completamente apaixonado, levando-a para cama e lhe dando seu relógio, um presente de seu finado pai que ele nunca tira do pulso.

Crítica - Festa da Salsicha

Sausage Party


Resenha Festa da Salsicha
Antes de falar qualquer coisa sobre o filme em si, é bom lembrar (apesar de toda a divulgação do filme fazer questão de mencionar isso) que este Festa da Salsicha não é uma animação para crianças. É um filme cheio de palavrões, referências sexuais pouco sutis, drogas, sangue e questões existenciais relativamente depressivas. Então, se alguém de fato levar uma criança pequena para ver esse filme só por causa das salsichas animadas bonitinhas, não é por falta de aviso, nem vá culpar os realizadores, a distribuidora ou a imprensa.

A trama segue Frank (Seth Rogen) uma salsicha que não vê a hora de ser comprada por um humano para poder finalmente entrar em uma bisnaga de pão, especificamente a bisnaga Brenda, por quem ele é apaixonado. Frank e os outros alimentos acham que os humanos são deuses que vão ao mercado para levá-los para a "terra prometida", o que eles não sabem é que os humanos matam e comem os alimentos. Ao ouvir a verdade dos alimentos não perecíveis, Frank decide revelar a todo o mercado que eles vivem uma mentira, mas isso não é tão fácil quanto parece.