Quando escrevi sobre Terremoto: A Falha de San Andreas (2015)
disse que "filmes catástrofe são normalmente mais focados na criação do
espetáculo destrutivo do que em elaborar uma narrativa envolvente ou
personagens interessantes". Quando temos ainda um filme catástrofe baseado
em uma tragédia real, espera-se também uma certa medida de sentimentalismo em
relação às pessoas que lutaram pela sobrevivência. A mistura por vezes
funciona, como em O Impossível
(2012), mas pesar a mão no sentimentalismo pode descambar fácil para um
sensacionalismo apelativo e é isso que acontece neste Horizonte Profundo: Desastre no Golfo.
Baseado no incidente da
plataforma Deepwater Horizon, o maior vazamento de petróleo a acontecer na costa
dos Estados Unidos. O filme acompanha o engenheiro Mike (Mark Wahlberg) que vai
trabalhar na plataforma e percebe que os executivos da companhia, ansiosos com
os atrasos no cronograma, estão querendo pular as verificações de segurança.
Obviamente tudo dá muito errado e os operários precisam dar um jeito de evitar
um desastre maior e esvaziar a plataforma.