"Porque continuo insistindo
nisso?". Essa foi a pergunta que constantemente pulava em minha mente
conforme avançava assistindo a este A
História Real de um Assassino Falso. Uma comédia de ação produzida pela
Netflix tão rasa e preguiçosa que o prospecto de simplesmente deixar de
assistir era altamente sedutor.
O filme acompanha Sam (Kevin
James), um homem infeliz com sua vida que encontra uma medida de alegria ao
tentar escrever um livro de ação e espionagem. Ele usa seu alter-ego literário
para projetar suas frustrações e se reimagina como um herói de ação infalível.
Seu livro, no entanto, é constantemente rejeitado e a única pessoa disposta a
publicá-lo é uma maluca editora de livros digitais. Sem alternativas, Sam
aceita, mas a editora resolve tratar seu livro como uma autobiografia para
alavancar as vendas. Obviamente, muitas pessoas acham que ele é um assassino
real e a partir daí, Sam entra em muitas confusões.
Kevin James faz o mesmo tipo de
idiota atrapalhado que faz em todos os seus filmes. Boa parte das piadas são gags óbvias que parecem escritas por
aquele seu tio que sempre conta as mesmas piadas nos almoços de domingo, mas se
acha um exímio comediante. Os poucos momentos engraçados são os que estão no trailer e mesmo suas tentativas em
brincar com os clichês dos filmes de ação passam longe da sagacidade ou do nonsense de comédias bem mais divertidas
como Chumbo Grosso (2007) ou Segurando as Pontas (2008).