Não vai ser fácil ter que
discorrer sobre este A Chegada de
Denis Villenueve (responsável por Os Suspeitos e Sicario: Terra de Ninguém).
Não digo isso apenas pela complexidade das ideias e conceitos que o filme tenta
tratar, mas pelo impacto emocional que ele teve em mim. Tentar construir uma
análise ponderada quando há um componente afetivo tão marcante ligado a um filme
é bastante complicado.
A trama segue Louise (Amy Adams)
uma brilhante linguista que é chamada pelo exército dos Estados Unidos para
colaborar na tentativa de estabelecer contato com uma nave alienígena que
aterrissou no interior do país. Ao lado dela está o cientista Ian (Jeremy
Renner) e ambos precisam correr contra o tempo para entender o que querem os
visitantes, já que naves semelhantes pousaram em outros lugares do mundo e
outros países temem se tratar de uma invasão.
O filme acerta no modo como
constrói de maneira econômica e direta a sensação de algo em escala global e o
impacto que um evento como esse teria no planeta. Através de breves matérias
jornalísticas ou conversas telefônicas dos membros da base em Louise passa a
viver vamos percebendo como aquilo impacta a política, economia, o cotidiano e
até as instituições religiosas. Tudo de maneira simples, mas bastante crível e
imagino que coisas semelhantes às do filme se repetiriam se algo assim
acontecesse em nosso mundo.