Capitão Fantástico parecia aquele filme indie padrão sobre uma família excêntrica e desajustada tentado
lidar com as coisas banais do "mundo real", aprendendo não só a
preencherem as lacunas que faltam, mas também a abraçar a própria esquisitice.
Na verdade ele é exatamente isso, mas funciona pelo fato de evitar maniqueísmos
fáceis e não glorificar demais seus personagens, apontando suas falhas e
contradições e permitindo que eles lidem com isso.
Ben (Viggo Mortensen) é um homem
que vive em uma casa na floresta com seus seis filhos. Ele os educa em casa,
ensinando filosofia, política, física e todas as outras disciplinas acadêmicas,
assim como também os ensina a caçar, rastrear e a se virarem na natureza.
Quando sua esposa, que estava internada para tratar de seu distúrbio bipolar,
comete suicídio, ele decide viajar para o enterro, mesmo contrariando o sogro
(Frank Langella) que ameaça prendê-lo caso apareça, já que ele culpa o estilo
de vida alternativo deles como responsável pelo que aconteceu com a filha.