A música parece um tema caro ao
diretor Damien Chazelle. Ele já tinha feito um musical com temas de jazz em seu
primeiro longa, Guy and Madeline on a
Park Bench (2009), originalmente feito para ser seu trabalho de conclusão
de curso em Harvard. Seu segundo longa, o excelente Whiplash: Em Busca da Perfeição (2015), tratava da busca por um
baterista em ser o melhor e a relação abusiva/doentia que tinha com um
professor. Agora em La La Land: Cantando
Estações ele entra no universo do musical clássico hollywoodiano e não
apenas celebra seu legado, como tenta também passá-lo em revisão sob um olhar
contemporâneo (e um conhecimento quase enciclopédico sobre essa filmografia).
A trama segue a aspirante a atriz
Mia (Emma Stone) e o pianista de jazz Sebastian (Ryan Gosling) e as idas e
vindas de sua relação ao longo de um ano na cidade de Los Angeles. É uma trama
típica de musical romântico, um casal de personalidades distintas que tem algo
de importante a ensinar um para o outro, números musicais guiando as ações e
desenvolvimentos da trama, a busca pelo sonho de sucesso e reconhecimento em
sua arte, tudo está ali presente. Ao mesmo tempo que remete a tempos mais
simples, românticos e ingênuos, mas ao mesmo tempo, o filme vai dando pistas
que não é tão ingênuo e idealizado quanto parece.