Este Estrelas Além do Tempo já tinha chamado minha atenção por causa de
sua premissa, que contava um capítulo até então desconhecido da história da
exploração espacial dos Estados Unidos e da importância de figuras que,
provavelmente por questões de etnia e gênero, passaram décadas sem o devido
reconhecimento por seu protagonismo em momentos tão importantes. A questão é
que o filme oferece muito mais do que meras curiosidades históricas, nos
apresentando a personagens fascinantes e uma narrativa cheia de sensibilidade.
A trama segue Katherine (Taraji
P. Henson), Mary (Janelle Monae) e Dorothy (Octavia Spencer), três mulheres que
trabalhavam na força-tarefa responsável pelos cálculos dos foguetes da NASA em
1961, auge da corrida espacial quando EUA e União Soviética lutavam para serem
os primeiros no espaço. Como ainda era um período de segregação racial em
muitos estados americanos, incluindo a Virgínia, no qual a história se passa. O
grupo das protagonistas era segregado do resto, funcionando em uma sala isolada
em um ponto distante do campus da
NASA, quase que feito propositalmente para mantê-las longe de vista. Aos
poucos, no entanto, os talentos das três vão se mostrando valiosos para a
corrida espacial, mas o caminho para o reconhecimento é marcado por muitas
barreiras construídas de puro preconceito.