O primeiro A Bela e a Fera (1991) da Disney foi o primeiro filme que vi no
cinema. Tem, portanto, uma grande valor afetivo para mim, além de um papel
fundamental na minha formação enquanto espectador e, posteriormente como
profissional. Tivesse eu visto um filme menos mágico, menos encantador, com
menos doçura e afeto, talvez eu não escolhesse futuramente fazer do cinema mais
do que uma paixão ou hobby e o
tornaria profissão (tenho inclusive artigos acadêmicos publicados sobre as
animações da Disney). Não costumo falar muito de mim mesmo quando escrevo
críticas, mas alguns filmes pedem isso e esse é um desses casos, já que o
vínculo emocional é forte demais para ignorar.
A trama é a mesma da animação de
91. A jovem Bela (Emma Watson) quer expandir seus horizontes para além da
pequena e pacata vila na qual vive, resistindo aos avanços do vaidoso e
egocêntrico Gaston (Luke Evans), que quer desposá-la. Quando seu pai, Maurice
(Kevin Kline) se perde em uma viagem, Bela vai em busca dele e descobre que ele
se tornou prisioneiro da monstruosa Fera (Dan Stevens). Ela toma o lugar do pai
como refém da criatura e aos poucos vai percebendo que ele não é tão monstruoso
quanto parece.