O último Persona que joguei foi Persona 2: Eternal Punishment, lá nos idos tempos do primeiro Playstation e lembro de ter sido atraído pela ambientação contemporânea (poucos RPGs faziam isso na época) e pelo sistema de combate por turnos que permitia, entre outras coisas, conversar com os monstros para obter seus poderes ou mesmo itens e dinheiro. De lá pra cá a franquia recebeu mais dois jogos e alguns spin-offs (um de luta, um de dança e um crossover com Fire Emblem) e eu acabei passando batido por todos eles, mas assim que vi os primeiros trailers para este Persona 5 fui pego pelo design estiloso das dungeons e personagens, pela nova mecânica de furtividade e várias outras coisas. Depois de muitos atrasos (o jogo saiu em setembro de 2016 no Japão) Persona 5 finalmente chega no ocidente e devo dizer que valeu a espera, é um excelente JRPG e possivelmente um dos melhores jogos do ano.
A narrativa começa quando o
protagonista, que recebe o apelido de Joker, chega a uma nova cidade depois de ser
preso por agressão ao bater em um sujeito que tentava abusar de uma mulher. O
adolescente tenta se adaptar à sua nova escola quando um misterioso app aparece
em seu celular e ele é transportado para um mundo de sombras no qual pode
entrar nos "palácios mentais" das pessoas e invocar o poder de seres
sobrenaturais chamados Personas. Ao lado de outros estudantes e da
criatura-gato Morgana, eles decidem usar suas habilidades para transformar os corações
de malfeitores, invadindo seus palácios e roubando seus tesouros para forçar
uma espécie de "recalibração cognitiva" que os faz se arrependerem
por seus atos. Além de serem ladrões sobrenaturais à noite, os personagens são
estudantes comuns de dia, precisando frequentar aulas e desenvolver amizades
com outros.