A temporada de estreia de Master of None inicialmente não tinha me
atraído. Não era lá grande fã do comediante Aziz Ansari e o primeiro episódio
não me deixou uma boa impressão, parecia mais uma daquelas séries "quero
ser Seinfeld", falando sobre
adultos imaturos e despreparados fazendo "nada" por Nova Iorque.
Então, não me lembro exatamente o motivo, assisti ao segundo e a série
imediatamente me ganhou na gag em que
Dev (Aziz Ansari) recusava ajudar o pai com seu iPad e mostrava um rápido flashback dos perrengues que o pai dele
passou desde a infância até se estabelecer nos Estados Unidos, contrapondo-os
com a infância fácil do personagem. Essa mistura entre trágico e cômico, bem
como sua capacidade de confrontar seus personagens por seu comportamento
imaturo, acabou funcionando muito bem e criando uma jornada coesa sobre um
sujeito que tenta se descobrir apesar de não saber exatamente o que quer.
Essa segunda temporada começa
mais ou menos onde a primeira terminou, com Dev na Itália estudando culinária.
A partir daí acompanhamos as andanças do personagem em busca de propósito e
realização tanto na Itália quanto nos Estados Unidos, quando eventualmente
retorna para o país.