A quarta temporada de House of Cards encerrava com Frank
(Kevin Spacey) e Claire (Robin Wright) anunciando que o país estava
oficialmente entrando em estado de guerra contra o terrorismo. Ficava claro que
eles estavam usando aquilo para usar o medo da população em seu favor e obter
ainda mais poder e controle. A nova temporada lida com as consequências dessa
decisão e também no modo como os desmandos e truculência de Frank desgastaram
seu capital político.
Depois dos eventos da temporada
anterior, Frank pede à Câmara uma declaração formal de guerra contra o grupo
terrorista que agiu dentro dos Estados Unidos e matou uma pessoa, mas seus
opositores percebem que a guerra é meramente uma manobra para tirar a atenção
das denúncias contra ele feitas pelo jornalista Tom Hammerschmidt (Boris
McGiver). Ao mesmo tempo, precisa lidar com a ascensão de seu oponente nas
eleições presidenciais, o jovem governador Will Conway (Joel Kinnaman).
A trama mostra como um governo
usa da máscara de combate ao terrorismo para estabelecer um estado de
vigilância constante que tem menos a ver com a proteção da população e mais com
criar brechas para se poder passar livremente por cima da constituição e manter
o poder. Uma vez que o medo é disseminado, o governo pode livremente fabricar
ameaças para manter a população sob controle e manipular qualquer evento a seu
favor, incluindo uma eleição, como Frank faz aqui.