Com tantos filmes e séries sobre
futuros distópicos apocalípticos (de Jogos Vorazes a The Walking Dead) esta
primeira temporada The Handmaid's Tale
parecia ser só mais uma na multidão de possibilidades nada agradáveis para o
futuro da raça humana. A série, no entanto, se destaca pelo modo contundente
como usa esse cenário para tratar de temas importantes e pela coesa construção
de seu universo. O texto a seguir contem SPOILERS.
A trama se passa em um futuro no
qual a taxa de fertilidade caiu imensamente. Os Estados Unidos sofreu uma
espécie de golpe militar coordenado por extremistas religiosos e transformou o
país em uma ditadura teocrática patriarcal. As mulheres não podem mais ter
empregos ou propriedades, sendo completamente submissas aos homens. Elas também
foram divididas em castas: as esposas, destinadas a se casarem com homens
proeminentes, as "Marthas", destinadas ao trabalho doméstico, e as
poucas mulheres férteis que restaram foram obrigadas pelo novo governo a se
tornarem aias.