Depois da decepção do filme solo
dos Minions (2015), não estava
esperando muito desse Meu Malvado
Favorito 3, já que prevalecia uma impressão de que não havia nada mais o
que fazer ou dizer com esses personagens. Em parte eu tinha certa razão e o
filme atira em múltiplas direções ao mesmo tempo para tentar encontrar algo que
funcione, mas de qualquer maneira ainda consegue encantar e divertir em muitos
momentos.
O filme começa com Gru (Steve
Carell/Leandro Hassum) e Lucy (Kriten Wiig/Maria Clara Gueiros) sendo
demitidos de seus empregos depois de falharem em capturar o ex-astro infantil e
atual supervilão Balthazar Bratt (Trey Parker, um dos criadores de South Park/Evandro Mesquita). Sem
emprego, Gru começa a planejar uma maneira de capturar o vilão e retomar seu
posto, mas tudo muda quando ele é contatado por seu irmão gêmeo perdido, Dru
(também Carell/Hassum), que deseja se reconectar com ele.
Só por essa sinopse acima já dá
para perceber que tem tramas suficientes para sustentar dois filmes
ensanduichadas em um filme só. Como se isso não fosse o bastante, ainda dá
várias subtramas a personagens coadjuvantes sem que estas acrescentem nada à
narrativa principal. Assim, acompanhamos Lucy tentando ser uma mãe melhor,
Agnes tentando encontrar um unicórnio de verdade e os Minions procurando um
novo vilão para servir. Tudo bem que Agnes é incrivelmente fofa e os Minions
são uma das coisas mais divertidas do filme (mais do que no filme solo deles,
inclusive), mas todas essas tramas poderiam ser descartadas sem prejudicar em
nada a história principal e considerando que o filme tem apenas noventa
minutos, o que sobra é muito pouco.