Desde o início de sua divulgação
aqui no Brasil este Os Guardiões tem
sido vendido uma espécie de equivalente russo de filmes de super-heróis como Vingadores (2012). A primeira coisa que
chamava atenção em sua publicidade era o visual exótico e exagerado de seus
heróis, um deles sendo um tipo de homem-urso enorme com uma metralhadora
imensa. Um homem-urso. Com uma metralhadora. Imensa. Imagino que se isso não convencer
as pessoas a assistirem nada mais o fará. Afinal, um filme com um personagem
desses deve ser ao menos divertido mesmo que seja ruim, certo? Bem, não.
Na trama, o governo russo
desenvolveu um programa durante a Guerra Fria para criar soldados geneticamente
alterados. Alguns experimentos são bem sucedidos, mas o programa acaba
cancelado e as cobaias são liberadas. Anos depois, o maligno cientista Kuratov
(Stanislav Shirin), um dos envolvidos no programa, ganha poderes em um acidente
de laboratório quando os militares russos tentam capturá-lo. Transformado em um
plágio do vilão Bane (sério, tem até uma cena em que ele quebra as costas de um
dos heróis com o joelho), ele parte em um plano vago de destruição global, mas
para isso precisa ativar um satélite que o permitirá controlar todas as
máquinas do mundo. Assim, o governo precisa localizar as antigas cobaias, já
que só eles podem deter o vilão.