terça-feira, 10 de outubro de 2017

Crítica - Logan Lucky: Roubo em Família

Resenha Logan Lucky: Roubo em Família


Review Logan Lucky: Roubo em Família
Retornando ao universo dos filmes de roubo depois de anos sem um novo projeto, o diretor Steven Soderbergh faz praticamente uma versão caipira de Onze Homens e Um Segredo (2001), também dirigido por ele, neste Logan Lucky: Roubo em Família. Depois de anos afastado da cadeira de direção nos cinemas, seu último filme foi Terapia de Risco (2013), o retorno de Soderbergh acaba rendendo uma esquisita e engraçada história de assalto.

A trama acompanha Jimmy Logan (Channing Tatum) que está em um péssimo momento em sua vida. Ele acaba de perder seu emprego e descobre que sua ex-mulher, Bobbie (Katie Holmes), vai se mudar para outro estado e levar sua filha junto. Sem perspectivas, ele decide roubar o cofre de um grande autódromo e para isso convoca a ajuda de seu irmão maneta Clyde (Adam Driver), sua irmã Mellie (Riley Keough) e do arrombador de cofres Joe Bang (Daniel Craig), que está preso, para realizar o golpe.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Crítica - As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme

Análise As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme'


Review As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme
Com super-heróis estando em evidência constante na produção hollywoodiana nos últimos anos, é de se imaginar que os estúdios tentem colocar as mãos em qualquer material envolvendo combatentes do crime fantasiados. Este As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme, adaptação dos livros de Dav Pilkey (que, confesso, nunca li), é basicamente o tipo de história de origem que Hollywood consegue fazer de olhos fechados, o que não significa necessariamente que este é um filme ruim. Na verdade, é bem divertido.
                                     
A trama é centrada nos meninos Jorge (Kevin Hart) e Haroldo (Thomas Middletich) que tentam enfrentar Krupp (Ed Helms), o diretor mal humorado de seu colégio, pregando peças e pegadinhas nele e nos professores. Eles também passam o tempo livre criando histórias em quadrinhos envolvendo um super-herói chamado Capitão Cueca, que enfrenta o crime usando apenas suas roupas de baixo. Quando uma brincadeira deles passa dos limites e o diretor Krupp ameaça colocá-los em salas separadas, os meninos o hipnotizam para que ele pense ser o Capitão Cueca. Simultaneamente o novo professor da escola, o Prof. Fraldinhasuja (Nick Kroll), se revela um cientista do mal que quer acabar com o riso do mundo. Cabe aos garotos e o Capitão Cueca salvar o dia.

Jogamos o beta de Star Wars Battlefront 2

Preview Star Wars Battlefront 2


O Star Wars Battlefront lançado dois anos atrás prometia muito, mas se revelou uma grande decepção. Sem um modo campanha, se limitando apenas à trilogia original quando até mesmo os antigos Battlefronts de PS2 exploravam as duas trilogias (a original e a prelúdio), com pouca variedade de modo e mapas e um caro passe de temporada, parecia um jogo incompleto.

A desenvolvedora EA prometeu sanar todas as queixas nesse Star Wars Battlefront 2. O jogo deve trazer uma campanha de um jogador que se estende ao longo dos três períodos retratados nos filmes e o multiplayer também deve explorar essas três eras. O jogo não terá mais um passe de temporada e o conteúdo adicional será gratuito, além de uma reformulação de várias mecânicas, prometendo mais conteúdo e uma melhor experiência de jogabilidade. O beta mostra essa evolução, mas ao mesmo tempo levanta algumas preocupações.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Crítica - Blade Runner 2049


Análise Blade Runner 2049


Review Blade Runner 2049
Blade Runner: O Caçador de Androides (1982) não era um filme que requisitava uma continuação. Considerando que é uma obra incrivelmente influente, tendo inspirado (estética e tematicamente) do mangá (e anime) Ghost in the Shell (1995) e filmes como Estranhos Prazeres (1995), Gattaca (1997) ou Cidade das Sombras (1998), era de se imaginar que talvez as possibilidades para um novo filme já tivessem sido exploradas e esgotadas. Felizmente esse Blade Runner 2049 é perfeitamente capaz de ampliar o que foi antes construído e ainda se manter respeitoso ao original.

A narrativa é centrada em K (Ryan Gosling), um novo e mais "dócil" modelo de replicante que trabalha para a polícia de Los Angeles caçando antigos modelos rebeldes. Ele estava no que deveria ser uma missão de rotina para capturar o replicante Sapper (Dave Bautista), quando encontra enterrado na casa dele os restos mortais de uma antiga replicante. A ossada traz sinais de que a replicante, apesar de ser uma criatura sintética, estava grávida e provavelmente morreu no parto. A chefe de K. a tenente Joshi (Robin Wright), fica preocupada com as implicações dessa descoberta. Se os replicantes podem se reproduzir, eles então poderiam ser considerados uma forma de vida autônoma e não meros produtos, criando assim uma série de conflitos éticos na exploração de seu trabalho de maneira escrava. A tenente ordena Joshi que descubra o que aconteceu com o suposto filho da replicante e apague todas as evidências para evitar um conflito social. K, no entanto, não é o único em busca desse filho perdido. O bilionário Wallace (Jared Leto), que controla a produção de replicantes, também deseja encontrá-lo, já que isso seria a chave para acelerar e baratear a criação de novos replicantes.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Crítica - Chocante

Análise Chocante


Review Chocante
A nostalgia pelos anos 80 e 90 parece estar em alta no cinema brasileiro. Depois do competente Bingo: O Rei das Manhãs chega aos cinemas este Chocante, claramente inspirado por bandas do anos 90 como Dominó e Menudo. Se Bingo conseguia contar uma história competente sobre o fascínio da fama e a cultura oitentista, Chocante não consegue ser nada mais que um exercício vazio de nostalgia que não tem nada a dizer sobre a época que referencia além de um raso "lembra disso daqui?".

A trama se passa nos dias atuais quando um dos membros da antiga banda Chocante morre em um acidente insólito. Os membros restantes: Téo (Bruno Mazzeo), Toni (Bruno Garcia), Clay (Marcus Majella) e Tom (Lúcio Mauro Filho) se encontram no velório e começam a relembrar dos velhos tempos. Juntamente com a antiga presidente do fã-clube, Quézia (Débora Lamm), eles começam a pensar em retornar aos holofotes.

É um filme de praticamente dois tipos de piadas. A primeiro tipo consiste em criar situações para mostrar como eles estão velhos demais para tentar ser uma boy band. A segunda em mostrar como as vidas deles se tornaram patéticas com um deles sendo anunciante de supermercado e outro virando motorista de Uber (como se fossem profissões humilhantes). O filme passa boa parte do tempo alternando entre essas situações rasas e superficiais até que tudo se torne exaustivamente aborrecido e os 90 minutos de projeção pareçam mais três horas. Os diálogos são igualmente óbvios e vomitam sem sutileza os temas do roteiro. Um exemplo da conversa entre Téo e Tom na qual ele diz algo como "você quer ficar vivendo no passado para não ter que encarar o futuro" comunicando o espectador um sentimento que ele já deveria ter sido capaz de perceber nos personagens.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Crítica - Jogo Perigoso

Análise Jogo Perigoso


Review Jogo Perigoso
Um casal sai de férias e vai para uma isolada cabana perto de um lago. Para apimentar a relação Gerald (Bruce Greenwood) propõe a Jessie (Carla Gugino) algemá-la nas barras da cama. A contragosto Jessie aceita, mas seu marido tem um infarto fulminante e cai morto aos seus pés. As chaves das algemas não estão perto, a cama é resistente e não há ninguém por perto para ouvir seus gritos de socorro. Se Jessie não conseguir se libertar é provável que ela morra de desidratação ou fome, mas as coisas pioram quando um cão faminto entra na cabana para se alimentar do cadáver de Gerald e Jessie sabe que ela será a próxima. É com essa premissa tensa e desesperadora que começa Jogo Perigoso, adaptação de um romance do célebre Stephen King.

Com pouquíssimo uso de música o filme investe em silêncios e nos efeitos sonoros de sons da floresta e da casa para construir a sensação de isolamento e solidão de Jessie, deixando claro o perigo e precariedade de sua situação. O trabalho de maquiagem é igualmente eficiente em denotar a decadência física e psicológica de Jessie, conforme os dias passam e a fome e a sede passam a abatê-la. A inanição começa a provocar delírios que mostram não só o desespero da personagem e como ela está perdendo seu senso de realidade, mas seu processo mental de pensar em maneiras de se libertar.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Crítica - Amores Canibais

Análise Amores Canibais


Review Amores CanibaisDepois de ver o ótimo Garota Sombria Caminha Pela Noite (2014) estava curioso pelo próximo trabalho da diretora Ana Lily Amirpour. Com esse Amores Canibais parecia que a realizadora conseguiria conciliar suas ambições artísticas com algo mais mainstream e facilmente vendável para o público frequentador de multiplexes, mas infelizmente o filme falha nas duas frentes.

A trama se passa em um futuro no qual o governo dos Estados Unidos desenvolveu uma maneira bastante peculiar para lidar com cidadãos indesejados. Eles são despachados para viver em um deserto no Texas, isolados do resto do país e no qual as leis não tem validade alguma, criando um ambiente brutal e hostil (pensem em Mad Max). Arlen (Suki Waterhouse) é uma dessas pessoas despachadas para o deserto e chegando lá é capturada por uma tribo de canibais que cortam seu braço e sua perna para comer. Mesmo com dois membros a menos, ela consegue escapar e chega à cidade de Conforto. Meses se passam até que ela se recupere e consiga uma prótese para sua perna, mas uma vez restabelecida, Arlen decide ir atrás de quem a mutilou. Ela mata uma das canibais, mas fica com pena da pequena garota que acompanhava a mulher e a leva consigo. O que Arlen não sabia é que a menina é a filha de Miami Man (Jason Momoa), líder dos canibais, e ele está disposto a qualquer coisa para recuperar a criança.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Crítica - Kingsman: O Círculo Dourado

Análise Kingsman: O Círculo Dourado


Review Kingsman: O Círculo Dourado
Ninguém esperava que Kingsman: O Serviço Secreto (2014) fosse ser tão bom com sua sátira anárquica dos tradicionais filmes espiões. O sucesso, no entanto, pode ser uma faca de dois gumes, já que este Kingsman: O Círculo Dourado chega com a expectativa de ser algo tão bacana quanto o primeiro filme e o resultado final pode frustrar quem entrar na sala de cinema com hype em alta. O problema mais grave do filme, porém, é que ele parece não entender o que seu anterior tinha de mais interessante.

A trama começa quando a Kingsman é atacada pela traficante de drogas Poppy (Julianne Moore). Com suas bases destruídas e sem recursos, Eggsy (Taron Egerton) e Merlin (Mark Strong) vão pedir ajuda à "agência-irmã" Statesman, o equivalente dos Estados Unidos da Kingsman. Lá recebem ajuda dos agentes Tequila (Channing Tatum), Uísque (Pedro Pascal) e Ginger Ale (Halle Berry) e descobrem que Harry (Colin Firth) sobreviveu aos eventos do filme anterior. Com o auxílio dos novos agentes Eggsy corre contra o tempo para impedir os planos de Poppy.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Crítica - Gaga: Five Foot Two

Análise Gaga: Five Foot Two


Review Gaga: Five Foot Two
Dos últimos anos pra cá houve uma onda crescente de documentários sobre música e artistas desse universo, tanto no cinema hollywoodiano quanto no brasileiro. Muitos desses filmes que tratavam de fenômenos pop recentes como Justin Bieber, One Direction, Katy Perry e outros, pareciam mais grandes publicidades ou making of de suas turnês a serem colocados como extra nos DVDs dos shows. Nos primeiros minutos deste Gaga: Five Foot Two temi que o filme se encaixasse nessa categoria ao ver a cantora sendo alçada ao alto minutos antes de começar sua apresentação no intervalo do Super Bowl.

Felizmente o resultado final passa longe de ser mera publicidade e há um esforço da equipe e do diretor Chris Moukabel em entender quem é Stefani Germanotta (nome real de Gaga) quando não está sob os holofotes. O que a impele, como ela enxerga o mundo, sua arte e a si mesma, como ela se relaciona com o impacto do estrelato e outras coisas mais. Nesse sentido o filme está mais próximo de obras como o seminal Don't Look Back (1967) sobre Bob Dylan do que essa onda recente de documentários pop.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Crítica - Dragon Quest Heroes 2

Análise Dragon Quest Heroes 2


Review Dragon Quest Heroes 2
Quando joguei o primeiro Dragon Quest Heroes, uma mistura entre a jogabilidade de Dynasty Warriors e o universo da franquia Dragon Quest, não esperava que o resultado fosse ser tão divertido e que conseguisse mesclar tão bem os elementos basilares das duas franquias. Este Dragon Quest 2 segue o que tinha funcionado bem antes, tentando corrigir alguns problemas e adicionar novos elementos, embora as novidades nem sempre funcionem.

A trama é melhor elaborada em relação à narrativa simplória do primeiro. Aqui acompanhamos as tensões entre dois reinos vizinhos que são manipulados ao confronto por uma força sombria. É uma premissa bem típica de RPGs japoneses, mas é bem executada o suficiente para gerar uma interessante intriga palaciana e reviravoltas. Os novatos não precisam se preocupar, já que não é preciso ter jogado o primeiro para entender o que acontece aqui.