quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Crítica - Tempestade: Planeta em Fúria

Análise Tempestade: Planeta em Fúria


Review Tempestade: Planeta em Fúria
Faz um bom tempo que o ator Gerard Butler não faz um filme realmente bom. Também faz algum tempo que o ator Ed Harris não faz um filme realmente ruim. Com trajetórias opostas os dois se encontram neste Tempestade: Planeta em Fúria. O resultado? Bem, vamos dizer que Ed Harris saiu prejudicado nessa.

Na trama, a humanidade é capaz de controlar e dissipar desastres naturais graças a uma rede de satélites que é capaz de deter tornados, terremotos, tsunamis e outras ocorrências. O aparato, no entanto, começa a apresentar falhas, causando desastres naturais ao redor do mundo. A recorrência desses problemas faz os responsáveis pelo sistema considerarem que alguém está deliberadamente interferindo no funcionamento do aparato. Agora cabe ao astronauta Jake (Gerard Butler) desativar os satélites, mas para isso será necessário que seus aliados em Terra localizem o presidente Andrew (Andy Garcia), o único que tem os códigos de desativação dos satélites.

Os personagens são unidimensionais e suas personalidades são uma coleção de clichês, sendo difícil nutrir simpatia ou torcer pela sua sobrevivência. O roteiro demora a engrenar e ainda está apresentando novos personagens mesmo quando já passaram cerca de cinquenta minutos de duração. Há uma tentativa de injetar humor ao dar aos personagens frases de efeito engraçadinhas mas a maioria delas é digna daquele seu tio que sempre faz a piada do pavê nos almoços de domingo e servem mais para constranger do que para fazer rir. Igualmente constrangedoras são as cenas românticas envolvendo Max (Jim Sturgess) e Sarah (Abbie Cornish) que deveriam ser engraçadinhas, mas não funcionam.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Crítica - Bom Comportamento

Análise Bom Comportamento


Review Bom Comportamento
Não conhecia o trabalho dos irmãos Safdie e entrei para assistir a este Bom Comportamento sem saber exatamente o que esperar. O filme com qual me defrontei, no entanto, me deixou curioso pelos próximos trabalhos da dupla e também para conferir suas realizações anteriores. A trama é centrada em Constantine, ou Connie (Robert Pattinson). Ele tenta roubar um banco com seu irmão surdo Nick (Benny Safdie) para poderem sair da cidade e viverem a vida que desejam no campo, mas o golpe dá errado e Nick é preso. Connie tenta pagar a fiança do irmão, mas não tem dinheiro. Ao descobrir que o irmão se envolveu em uma briga na prisão e foi hospitalizado, Connie decide invadir o hospital para libertá-lo, mas seus planos não correm como esperado e ele precisa correr madrugada adentro para resgatar o irmão.

O universo do filme de alguma maneira remete ao de Killer Joe: Matador de Aluguel (2012) ao focar em indivíduos sórdidos ou marginalizados e espaços sombrios. Os personagens do filme ou são sujeitos de péssimo caráter, mentalmente desequilibrados ou são ignorantemente marginalizados, sendo presa fácil para os criminosos e golpistas que habitam por entre as ruas sombrias da madrugada.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Crítica - Doentes de Amor

Análise  Doentes de Amor


Review  Doentes de Amor
Doentes de Amor podia facilmente se tornar um dramalhão trágico. Afinal, trata-se da história de um sujeito que conhece a mulher de sonhos e pouco tempo depois ela entra em coma. Tinha tudo para ser contado da maneira mais chorosa e apelativa possível, mas o texto do comediante Kumail Nanjiani e sua esposa Emily, que escreveram o filme a partir da história real de seu relacionamento, consegue ter sensibilidade o bastante para perceber a seriedade e contorno trágico da situação sem esquecer da leveza e bom humor.

A trama acompanha Kumail (Kumail Nanjiani), um jovem comediante de origem paquistanesa que tenta fazer sua carreira deslanchar. Sua família não vê com bons olhos sua escolha de carreira e sua mãe tenta a qualquer custo fazer um casamento arranjado para ele, mas Kumail não tem muito interesse na prática. As coisas se complicam quando ele conhece Emily (Zoe Kazan) e os dois começam a se relacionar. Ele esconde da família que está namorando uma mulher branca, já que seus familiares cortariam relações com ele, e também não conta a Emily que sua mãe está tentando arranjar um casamento para ele. As coisas se complicam quando Emily fica doente e precisa ser internada, sendo colocada em coma induzido. Como o estado dela era grave, Kumail acaba ligando para os pais dela e assim conhece os sogros, Terry (Ray Romano) e Beth (Holly Hunter).

Crítica - Além da Morte

Análise Além da Morte


Review Além da Morte
Linha Mortal (1990) não era lá grande coisa a despeito de sua premissa intrigante sobre o que acontece quando morremos e do carisma de seu elenco formado por (então) jovens astros como Julia Roberts, Kiefer Sutherland e Kevin Bacon. A ideia de um remake, este Além da Morte, só faria sentido se houvesse algum esforço para finalmente fazer jus ao potencial de sua premissa. Esta nova versão, no entanto, não demonstra qualquer disposição ou esforço de melhorar coisa alguma e ainda piora algumas coisas.

A trama é praticamente a mesma do filme original. Um grupo de estudantes de medicina decide pesquisar o há além da vida e que tipo de experiência uma pessoa tem depois da morte. A equipe é liderada por Courtney (Ellen Page) e a experiência consiste em zerar os batimentos cardíacos para depois ser revivido com o desfibrilador. Ao serem revividos, eles tem suas capacidades mentais ampliadas, mas também são atormentados por horrendas visões.

Assim como o original, a premissa sobrenatural/existencial acaba desperdiçada com explicações pouco convincentes que não dão conta do que exatamente está acontecendo. Se as visões são uma manifestação de seus traumas produzidos em sua mente em seus últimos momentos de vida, como essas visões, mesmo as que correspondem a pessoas que estão vivas, conseguem aparecer no mundo físico e ferir esses personagens? Suas mentes estão fazendo esses traumas se manifestar fisicamente no nosso mundo? Eles trouxeram para nosso mundo algum tipo de criatura que se alimenta do medo como o palhaço de It: A Coisa?

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Crítica - Mindhunter: 1ª Temporada

Análise Mindhunter: 1ª Temporada


Review Mindhunter: 1ª Temporada
Há uma frase do filósofo Friedrich Nietszche em seu livro Além do Bem e do Mal que diz que quem enfrenta monstros pena tornar-se um deles e que ao olhar o abismo o observador por ele também é contemplado. É possível interpretar que Nietszche queria falar sobre como é impossível passar por situações de moral questionável sem se afetado por elas e perseguir um inimigo significa absorver e se deixar "contaminar" em alguma medida por sua visão de mundo e maneira de pensar. É sobre isso que irá tratar essa primeira temporada de Mindhunter.

A série se passa na década de 70 e é centrada no agente do FBI Holden Ford (Jonathan Groff, a voz do Kristoff de Frozen). Holden trabalha como negociador de reféns e instrui novos agentes neste tipo de atividade, mas vai percebendo que seus conhecimentos não são suficientes para dar conta da conduta dos criminosos. Ele decide voltar à universidade e conhece Wendy Carr (Anna Torv), uma acadêmica que pesquisa condutas sociopatas. Ao lado dela e do agente Tench (Holt McCallany), também um instrutor do FBI, Holden propõe um estudo consistindo em entrevistar presos condenados por múltiplos crimes violentos para entender o que move esse tipo de criminoso.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Crítica - A Babá

Resenha Crítica - A Babá


Review A Babá
Curioso para saber o que sua babá faz depois que ele vai dormir, o garoto Cole (Judah Lewis) decide ficar acordado. Depois de um tempo ele desce de seu quarto e encontra sua babá, Bee (Samantha Weaving), recebendo alguns colegas na sala de sua casa. Parece uma festinha adolescente, com direito à brincadeira do "verdade ou desafio", mas as coisas dão uma guinada inesperada quando Bee esfaqueia um dos colegas. A babá e os amigos na verdade estavam ali para realizar um ritual satânico. É com essa premissa que inicia este A Babá, que podia ser um típico filme de terror, mas acaba se voltando mais para a comédia.

O filme investe no senso de absurdo e nas brincadeiras com as convenções de filmes de terror adolescentes como Sexta Feira 13 ou A Hora do Pesadelo. Os personagens são claramente caricaturas de arquétipos tradicionais como o atleta sempre sem camisa vivido por Robbie Amell, a líder de torcida burra e fútil interpretada por Bella Thorne ou a gótica trevosa de Hana Mae Lee. Os atores abraçam esses estereótipos entregando atuações cheias de exagero e canastrice que servem bem aos propósitos cômicos do filme.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Crítica - Entre Irmãs

Análise Entre Irmãs


Review Entre Irmãs
Com Entre Irmãs o diretor Breno Silveira (de Gonzaga: De Pai Para Filho e Dois Filhos de Francisco) ambiciona ser um grande épico sobre relações familiares e a formação da sociedade brasileira. Da duração do filme à música sempre presente e em alto volume tudo evoca grandiosidade, mas não deixa de ser curioso que os momentos em que tudo realmente funciona se dão quando a obra deixa essa pretensa grandiosidade de lado e foca nas pequenas coisas do cotidiano de suas duas protagonistas.

A narrativa é centrada nas irmãs Luzia (Nanda Costa) e Emília (Marjorie Estiano), que vivem no interior pernambucano nas primeiras décadas do século XX. As irmãs acabam separadas quando o cangaceiro Carcará (Júlio Machado) leva Luzia à força para acompanhar seu bando e Emília se casa com Degas (Romulo Estrela), um jovem abastado que vive em Recife, e se muda com ele para a capital.

Já na primeira cena, com as personagens ainda crianças, o filme estabelece as personalidades contrastantes das irmãs. Luzia é destemida e resoluta, Emília é romântica e ingênua. Poderiam ser personagens unidimensionais, mas Nanda Costa e Marjorie Estiano as preenchem de sentimentos, dúvidas, conflitos e frustrações tão verdadeiras que acreditamos nas personagens mesmo quando o texto deixa a desejar. Há uma grande naturalidade na relação entre elas e as duas comunicam muito uma para outra mesmo sem falarem diretamente.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Crítica - Logan Lucky: Roubo em Família

Resenha Logan Lucky: Roubo em Família


Review Logan Lucky: Roubo em Família
Retornando ao universo dos filmes de roubo depois de anos sem um novo projeto, o diretor Steven Soderbergh faz praticamente uma versão caipira de Onze Homens e Um Segredo (2001), também dirigido por ele, neste Logan Lucky: Roubo em Família. Depois de anos afastado da cadeira de direção nos cinemas, seu último filme foi Terapia de Risco (2013), o retorno de Soderbergh acaba rendendo uma esquisita e engraçada história de assalto.

A trama acompanha Jimmy Logan (Channing Tatum) que está em um péssimo momento em sua vida. Ele acaba de perder seu emprego e descobre que sua ex-mulher, Bobbie (Katie Holmes), vai se mudar para outro estado e levar sua filha junto. Sem perspectivas, ele decide roubar o cofre de um grande autódromo e para isso convoca a ajuda de seu irmão maneta Clyde (Adam Driver), sua irmã Mellie (Riley Keough) e do arrombador de cofres Joe Bang (Daniel Craig), que está preso, para realizar o golpe.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Crítica - As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme

Análise As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme'


Review As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme
Com super-heróis estando em evidência constante na produção hollywoodiana nos últimos anos, é de se imaginar que os estúdios tentem colocar as mãos em qualquer material envolvendo combatentes do crime fantasiados. Este As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme, adaptação dos livros de Dav Pilkey (que, confesso, nunca li), é basicamente o tipo de história de origem que Hollywood consegue fazer de olhos fechados, o que não significa necessariamente que este é um filme ruim. Na verdade, é bem divertido.
                                     
A trama é centrada nos meninos Jorge (Kevin Hart) e Haroldo (Thomas Middletich) que tentam enfrentar Krupp (Ed Helms), o diretor mal humorado de seu colégio, pregando peças e pegadinhas nele e nos professores. Eles também passam o tempo livre criando histórias em quadrinhos envolvendo um super-herói chamado Capitão Cueca, que enfrenta o crime usando apenas suas roupas de baixo. Quando uma brincadeira deles passa dos limites e o diretor Krupp ameaça colocá-los em salas separadas, os meninos o hipnotizam para que ele pense ser o Capitão Cueca. Simultaneamente o novo professor da escola, o Prof. Fraldinhasuja (Nick Kroll), se revela um cientista do mal que quer acabar com o riso do mundo. Cabe aos garotos e o Capitão Cueca salvar o dia.

Jogamos o beta de Star Wars Battlefront 2

Preview Star Wars Battlefront 2


O Star Wars Battlefront lançado dois anos atrás prometia muito, mas se revelou uma grande decepção. Sem um modo campanha, se limitando apenas à trilogia original quando até mesmo os antigos Battlefronts de PS2 exploravam as duas trilogias (a original e a prelúdio), com pouca variedade de modo e mapas e um caro passe de temporada, parecia um jogo incompleto.

A desenvolvedora EA prometeu sanar todas as queixas nesse Star Wars Battlefront 2. O jogo deve trazer uma campanha de um jogador que se estende ao longo dos três períodos retratados nos filmes e o multiplayer também deve explorar essas três eras. O jogo não terá mais um passe de temporada e o conteúdo adicional será gratuito, além de uma reformulação de várias mecânicas, prometendo mais conteúdo e uma melhor experiência de jogabilidade. O beta mostra essa evolução, mas ao mesmo tempo levanta algumas preocupações.