Com o sucesso da excelente The Handmaid's Tale, que fez a limpa na
entrega dos prêmios Emmy (maior premiação da televisão dos Estados Unidos), era
de se imaginar que a indústria fosse correr para adaptar outras obras da
escritora Margaret Atwood. Este Alias
Grace, minissérie original da Netflix, adapta o romance homônimo de Atwood
e é um trabalho competente de reconstrução histórica para falar do lugar da
mulher na sociedade do século XIX e como muito disso ainda permanece nos tempos
atuais.
A trama é levemente baseada no
caso real de Grace Marks (Sarah Gadon, da minissérie 11.22.63) uma imigrante irlandesa que vivia no Canadá e trabalhava
como criada. Em 1843 Grace foi presa e condenada pelo suposto assassinato de
seu patrão, Thomas Kinnear (Paul Gross), e da governanta da casa, Nancy
Montgomery (Anna Paquin). Dez anos depois de sua condenação algumas pessoas
ainda acreditam em sua inocência e o médico Simon Jordan (Edward Holocroft) é
chamado para fazer uma avaliação do estado mental de Grace, que diz não
conseguir se lembrar de nada ocorrido no dia do crime.