Com um começo intenso em uma
longa sequência de ação quase toda em primeira pessoa, este sul-coreano A Vilã já mostra logo de cara que sua
força reside na sua pancadaria em ritmo desenfreado e o restante do longa faz
valer essa promessa ainda que tenha sua parcela de problemas.
A trama é centrada em Sook-hee
(Ok-Bin Kim), uma mulher que desde a infância foi treinada para ser uma
assassina. Ela é recrutada por uma agência que lhe propõe um acordo: depois
trabalhar para eles durante 10 anos, Sook-hee estará livre para fazer o que
quiser e retomar sua vida. Ela aceita, mas conforme progride em seu trabalho
acaba encontrando um homem de seu passado e isso coloca tudo em risco.
De início os cortes bruscos entre
o presente e os flashbacks da
protagonista causam algum incômodo e levam algum tempo para nos acostumarmos
com o modo seco com o qual o filme transita entre as duas temporalidades, mas
depois de algum tempo é possível se acostumar a essas escolhas estilísticas sem
muito problema. Por outro lado, o filme perde um pouco de ritmo ao tentar
complicar sua trama mais do que o necessário, tentando criar dúvidas sobre as
motivações e intenções dos vários personagens ao redor da protagonista e
durante um bom tempo há a impressão de que a narrativa está andando em
círculos.