Quando escrevi sobre o beta de Star Wars Battlefront 2 falei que o jogo
prometia mais conteúdo que o antecessor, mas também preocupava pelo seu
desequilibrado e mal concebido sistema de progressão. Agora, com o produto
final em mãos, é possível dizer que tanto as impressões positivas quanto
negativas se confirmaram.
A primeira coisa que chama a
atenção é a presença de um modo campanha, algo ausente do jogo anterior. A
história é centrada em Iden Versio, líder do esquadrão de elite das tropas
imperiais. A narrativa começa durante a batalha de Endor em O Retorno de Jedi (1983) e é bem
interessante poder ver esses eventos sob a perspectiva de um membro do império.
Essa escolha poderia resultar em
uma trama cheia de questões morais complexas, mas antes que a narrativa se
torne sombria demais tudo dá uma guinada para um caminho bem previsível. Ainda
assim poderia ser uma trama satisfatória se focasse na evolução e aprendizado
de Iden, mas a campanha constantemente deixa de lado sua protagonista para
colocar os jogadores da pele de personagens conhecidos da franquia, fazendo de
Iden uma coadjuvante em sua própria história. Ao menos consegue afastar a
sensação de ser um mero encadeamento de partidas multiplayer com bots ao
oferecer algo que realmente tem cara de um conteúdo pensado para ser single player.