A ideia inicial deste Sem Retorno parece bem promissora. Um
rico empresário, Damian (Ben Kingsley), está com câncer terminal e com poucos
meses de vida. Ele pensa em colocar seus assuntos em ordem e se preparar para o
inevitável quando é abordado pelo cientista Albright (Matthew Goode) que lhe
propõe uma alternativa: transferir sua consciência para um novo e jovem corpo
criado em laboratório para servir a esse tipo de transferência. Aceitar isso,
no entanto, significa que ele terá que deixar seu corpo original morrer e
abandonar sua antiga vida. O empresário aceita passar pelo procedimento e
acorda em um corpo mais jovem (Ryan Reynolds), mas logo descobre seu corpo não
é exatamente o que foi prometido.
É uma premissa que poderia render ao discutir noções de imortalidade, o propósito da vida e
ética científica, mas todas essas ideias complexas são jogadas foras lá pelos
quarenta minutos de filme quando ele decide focar apenas na ação. Não seria um
problema tão grave se pelo menos fosse capaz de entregar tiroteios e
perseguições empolgantes, mas tudo é muito burocrático, faltando intensidade e
urgência.