A cerimônia de entrega dos Globos de Ouro aconteceu ontem, 07 de janeiro, apresentada pelo comediante Seth Meyers. A premiação sagrou como seus principais vencedores o filme Três Anúncios para um Crime e a série Big Little Lies com cada um levando quatro prêmios. Confiram aqui a lista de indicados com os vencedores de cada categoria destacados em negrito.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Vencedores do Globo de Ouro 2018
Labels:
Notícias
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
domingo, 7 de janeiro de 2018
Crítica - Viva: A Vida é uma Festa
Quando vi as primeiras imagens
deste Viva: A Vida é uma Festa, temi
que ele acabasse sendo uma repetição do longa animado Festa no Céu (2014) pelo fato de ambos explorarem a cultura
mexicana e o modo vívido e colorido com o qual o mundo dos mortos é concebido.
Apesar de inevitáveis similaridades estéticas, esta nova animação da Pixar
consegue se sustentar muito bem com as próprias pernas e entrega um resultado
emocionante.
A narrativa é focada em Miguel
(Anthony Gonzalez), um garoto que sonha em ser músico à despeito de sua família
detestar música e desejarem que ele seja um sapateiro como o resto de seus
parentes. O garoto, no entanto, parece determinado a se tornar um músico e
decide se inscrever em um show de talentos durante o feriado do Dia dos Mortos.
Sem um violão, ele acaba roubando um da tumba do famoso músico Ernesto de la
Cruz (Benjamin Bratt), mas o ato o faz ser transportado para o mundo dos
mortos. Para voltar ao mundo dos vivos ele precisará encontrar seus parentes
falecidos que ali habitam e se reconectar com eles.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Reflexões Boêmias: Melhores Filmes de 2017
Com a chegada de um novo ano, é
sempre importante fazer um balanço do que passou e por isso resolvemos lembrar
dos filmes que mais gostamos ao longo de 2017. Para a presente lista foram
considerados os filmes lançados no Brasil em circuito comercial, nos cinemas ou
direto para vídeo, ao longo do ano.
Labels:
Reflexões Boêmias
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Crítica - 120 Batimentos por Minuto
Quem é mais jovem provavelmente
não lembra da onda de medo e falta de informação que acompanhou o estouro da
epidemia de AIDS no final dos anos 80 e boa parte dos 90. Na época não se sabia
exatamente como combater a doença ou como ela se disseminava, com muitos
equivocadamente considerando que o vírus apenas afetava a população gay ou se
disseminava apenas através do sexo homossexual. Tendo ou não vivenciado esta
época, o filme francês 120 Batimentos por
Minuto funciona como um retrato contundente do período.
A trama acompanha um grupo de
ativistas LGBT que se intitulam como Act Up!, juntos eles organizam ações para
tentar conscientizar a população a respeito dos métodos de prevenção à AIDS,
incluindo o uso de camisinha, assim como organizam protestos contra órgãos do
governo que demoram a tomar medidas para combater o avanço da doença e contra as
indústrias farmacêuticas que demoram a tornar públicos seus estudos em relação
ao vírus.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
Crítica - Jumanji: Bem-vindo à Selva
Eu não esperava muita coisa desse
Jumanji: Bem Vindo à Selva, parecia
mais uma daquelas continuações tardias feitas somente para lucrar em cima de
uma "marca" conhecida sem ter muito a oferecer. O resultado, porém,
acaba sendo divertido, ainda que descartável.
A trama começa quando quatro
adolescentes que ficaram de castigo na escola encontram um antigo videogame
intitulado Jumanji e decidem jogar para passar o tempo. Assim que escolhem seus
personagens são sugados para dentro do jogo e assumem as formas de seus
avatares, que acabam sendo o oposto de suas personalidades. O garoto nerd se
transforma em um aventureiro fortão (Dwayne "The Rock" Johnson), o
atleta grandão se transforma no pequeno carregador e armas e especialista em
animais (Kevin Hart), a patricinha fútil se torna um cientista rechonchudo
(Jack Black) e a menina tímida vira uma guerreira com pouca roupa (Karen
Gillan).
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sábado, 30 de dezembro de 2017
Crítica - Black Mirror: Quarta Temporada
Muito se fala sobre o olhar
crítico que a série Black Mirror traz
para a relação entre a humanidade e a tecnologia, mas boa parte dessas
discussões deixa de lado uma faceta bem importante da série de antologia. Black Mirror é também centrada e
sustentada pelos seus complexos e cuidadosos estudos de personagem, usando a
tecnologia como uma projeção da consciência humana. Um meio através do qual as
inseguranças, vícios, anseios e demandas do ser humano ficam ainda mais
evidentes. Afinal, se enquanto humanos somos incompletos e cheios de contradições,
é justo que boa parte daquilo que produzimos, incluindo a tecnologia, seja um
espelhamento por vezes sombrios de atributos nossos que preferimos tentar
esquecer. Essa quarta temporada de Black
Mirror continua sua investigação sobre a conduta humana e, em geral,
continua bastante consistente ainda que alguns episódios deixem a desejar.
Os episódios
Labels:
Crítica,
Ficção Científica,
Séries
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
Reflexões Boêmias: Piores filmes de 2017
Quando todo ano acaba chega a
hora de fazer um balanço de tudo que aconteceu e isso não é diferente com
filmes. É aquele momento de ponderar sobre tudo que assistimos ao longo do ano
e pensarmos naquilo que 2017 teve de pior e melhor a oferecer. Como prefiro dar
más notícias primeiro, então começo meu balanço do ano com os piores filmes que
assisti ao longo do ano. A lista a seguir leva em conta os filmes lançados
comercialmente no Brasil, em cinema ou direto para vídeo, em 2017.
Labels:
Reflexões Boêmias
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
Crítica - A Origem do Dragão
Em 1964 o astro das artes
marciais Bruce Lee enfrentou o monge shaolin Wong Jack Man em uma luta privada
testemunhada apenas por um punhado de pessoas. Os relatos sobre quem venceu o
embate divergem bastante e os dois lutadores apresentavam sua própria versão
dos resultados. É uma história interessante que sem dúvida poderia render um ótimo
filme, mas A Origem do Dragão não é
esse filme.
Se baseando na célebre luta, o
filme começa com a chegada de Wong Jack Man (Yu Xia) na cidade de São
Francisco. Bruce Lee (Philip Ng) recebe a notícia da chegada do monge à sua
cidade como uma ameaça a tudo que construiu, crendo que os shaolin querem
puni-lo por ensinar kung fu aos brancos. Um aluno de Lee, Steve McKee (Billy
Magnussen) acaba se aproximando de Wong e coloca os dois mestres em um caminho
de conflito.
Yu Xia e Philip Ng fazem o melhor
que podem como Wong e Lee, sendo mais que eficientes nos aspectos físicos dos
personagens e na linguagem corporal do modo como eles lutam, no entanto são
limitados por um texto raso que faz uma representação bastante unidimensional
dos dois artistas marciais. Wong é um monge humilde preocupado em preservar a
essência do kung fu enquanto Lee é um sujeito preocupado com fama e sucesso.
Por mais que Lee fosse de fato um sujeito superconfiante e até mesmo arrogante,
o texto pesa tanto a mão nesse aspecto do personagem, deixando quase que de
lado seu carisma e magnetismo pessoal, que durante boa parte do filme chega a
ser difícil se importar com Lee por conta de seu egocentrismo.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Crítica - Bright
Inicialmente Bright parece uma versão com criaturas fantásticas do competente drama
policial Marcados Para Morrer (2012),
também comandado por David Ayer, ao acompanhar o cotidiano de uma dupla de
policiais em patrulha até que eventualmente tudo dá errado. É possível pensar
também que o filme é uma espécie de Distrito
9 (2009) que troca humanos por alienígenas. Ainda que pareça uma mistura de
elementos familiares, os minutos iniciais carregam uma promessa de algum tipo
de metáfora social interessante, mas isso nunca se confirma.
A trama se passa em um universo
alternativo no qual humanos coexistem com criaturas fantásticas como elfos,
orcs e fadas. A história começa com o policial Ward (Will Smith), que está
descontente em ter que trabalhar com um parceiro orc, Nick (Joel Edgerton), o
primeiro da espécie a ser admitido na força. As coisas se complicam para eles
quando encontram uma jovem elfa, Tikka (Lucy Fry), portando uma varinha mágica,
um artefato de grande poder. Tikka é uma Bright, uma pessoa com dons mágicos
que pode extrair poder de artefatos como a varinha.
A este ponto as metáforas sociais
construídas no início são abandonadas para que o filme se torne uma espécie de O Senhor dos Anéis ambientado nos dias
atuais, com um grupo de heróis correndo contra o tempo para impedir que um
artefato de grande poder caia em mãos erradas e seja usado para ressuscitar o
"senhor das trevas".
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Crítica - O Rei do Show
Musicais costumam abordar a
importância dos sonhos em nossa vida, usam o canto e dança para mostrar como a
arte pode inspirar, motivar e nos mover adiante. Este O Rei do Show, levemente inspirado na vida de P.T Barnum, supostamente
o primeiro milionário do ramo do entretenimento, segue à risca aquilo que se
espera dos musicais.
O filme acompanha P.T Barnum
(Hugh Jackman) desde suas origens humildes até o estrondoso sucesso de seu
circo e outros empreendimentos no show business.
É uma trama relativamente previsível e, como é típico nessas histórias sobre
fama e riqueza, eventualmente o sucesso sobe à cabeça de Barnum e ele fica à
beira de perder tudo que conquistou.
A narrativa traz um embate entre
a cultura popular e a cultura "erudita" ou "tradicional",
elemento presente desde o musicais seminais como O Cantor de Jazz (1927) a produtos mais recentes como Moulin Rouge (2001). Outro tema
constante ao longo da trama é a questão da aparência e do preconceito, já que o
circo de Barnum tem seu elenco formado por "aberrações" como uma
mulher barbada ou uma albina. A trama evidencia que a verdadeira aberração não
reside no aspecto físico, mas na falta de humanidade, na intolerância e ódio
aos diferentes, na vontade de humilhar e excluir aqueles que não atendam a
padrões de "normalidade". Nesse sentido, o filme quase funciona como
uma versão musical de Freaks (1932),
do Tod Browning, ou de American Horror Story Freak Show.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Assinar:
Postagens (Atom)