terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Crítica - Sobrenatural: A Última Chave

Resenha Sobrenatural: A Última Chave


Análise Sobrenatural: A Última Chave
Centrado no passado da personagem Elise Rainier (Lyn Shaye), este Sobrenatural: A Última Chave tinha a promessa de aprofundar uma figura recorrente nos três filmes anteriores ao colocá-la para enfrentar a entidade que destruiu sua família. Como Elise sempre foi uma personagem interessante, fiquei curioso por saber mais sobre seu passado.

A trama começa na infância de Elise, com a jovem garota começando a demonstrar seus poderes mediúnicos assustando tanto o pai quanto o irmão. Ela começa a ver uma sinistra figura com dedos em formato de chave vagando pela casa e quando cede às ordens da entidade e abre uma porta em sua casa, a criatura se apodera de Elise e mata a mãe dela. Anos depois, já trabalhando como investigadora paranormal, ela recebe um pedido de ajuda do homem que mora em sua antiga casa e que está vendo a mesma criatura. Assim, Elise parte com seus ajudantes para sua cidade natal e enfrentar a criatura que a assombra desde a infância.

A maior parte das tentativas do filme de assustar o público vem de sustos súbitos bastante previsíveis. Toda vez que a câmera fica muito tempo parada, demora de cortar para outro plano ou cena e tudo fica muito silencioso, é certo que algo vai subitamente pular na tela fazendo um barulho enorme. Como é tão fácil identificar os sustos antes de acontecerem, raramente funcionam.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Crítica - Battle Chasers: Nightwar

Análise Battle Chasers: Nightwar


Review Battle Chasers: NightwarEu não conhecia nada dos quadrinhos de Battle Chasers, criados por Joe Madureira, quando me aproximei deste Battle Chasers: Nightwar. O que me atraiu para o jogo era o modo como ele prestava homenagem a antigos RPGs japoneses com batalhas por turnos e também seu estilo visual que remetia a animes de fantasia como Slayers e Records of Lodoss War.

A trama é bem típica desse tipo de narrativa fantástica com um grupo de heróis perseguindo um ser mágico poderoso que pode colocar o mundo inteiro em risco. Perto do fim até apresenta algumas reviravoltas interessantes, mas não chega a envolver como deveria. Isso acontece provavelmente pelo pouco desenvolvimento dos personagens principais. Ao dormir em estalagens o jogador presencia alguns diálogos entre eles que ajudam a compreender como aquele grupo se relaciona. São protagonistas carismáticos, mas nunca conseguem ir além dos clichês. Além disso, a trama também não consegue construir nenhuma motivação, investimento pessoal ou aprendizado significativo para os personagens ao curso missão na qual estão engajados. Eles tentam salvar o mundo porque sim e pronto.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Crítica - Dirk Gently's Holistic Detective Agency: Segunda Temporada

Análise Dirk Gently's Holistic Detective Agency: Segunda Temporada


Review Dirk Gently's Holistic Detective Agency: Segunda Temporada
A primeira temporada de Dirk Gently's Holistic Detective Agency me surpreendeu com o quanto conseguia ser fiel ao espírito aloprado e nonsense dos livros homônimos de Douglas Adams e sua habilidade de tecer uma trama investigativa no qual nada parecia se conectar de acordo com alguma lógica causal. Essa segunda temporada (e última, já que a série foi cancelada) tenta manter o mesmo clima de absurdo, mas não se sai tão bem quanto a temporada de estreia.

A trama começa mais ou menos no ponto em que a primeira temporada encerrou. Dirk (Samuel Barnett) foi capturado pela CIA, enquanto Todd (Elijah Wood) e Farah (Jade Eshete) cruzam o país em busca de pistas sobre o paradeiro dele. O trio inadvertidamente acaba encontrando um novo caso para investigar quando habitantes do reino mágico de Wendimoor chegam ao nosso mundo. Eles falam de uma profecia na qual Dirk Gently salvará Wendimoor do poderoso e maligno Mago (John Hannah) ao encontrar o "garoto escolhido". Assim, Dirk e os demais começam uma corrida contra o tempo para encontrar o garoto e desvendar outras ocorrências bizarras que encontram pelo caminho.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Crítica - O Estrangeiro

Análise O Estrangeiro


Review O Estrangeiro
Este O Estrangeiro vem sendo divulgado como uma espécie de retorno em grande estilo do ator Jackie Chan a produções ocidentais. De fato é o melhor filme de Chan em muito tempo, mas não esperem aqui uma típica comédia de ação já que a narrativa está mais para um thriller político entremeado com uma história de vingança bem tradicional.

A trama adapta o romance The Chinaman de Stephen Leather e é centrada em Quan (Jackie Chan), um pacato comerciante que há décadas vive no Reino Unido. Quando a filha de Quan é morta em um atentado terrorista, ele começa a procurar respostas sobrem que foi o responsável pela ação. A investigação de Quan o leva ao político Liam (Pierce Brosnan), que no passado fez parte de grupos extremistas irlandeses. Quan se convence de que Liam é capaz de dar a ele os nomes dos envolvidos no atentado e passa a persegui-lo, mas o político tem segredos que deseja manter ocultos e decide deter Quan.

O filme faz bom proveito de Jackie Chan e Pierce Brosnan ao colocá-los em personagens que se distanciam da persona típica que eles apresentam em cena. Ao invés de viver alguém otimista e alegre como na maioria de suas participações em filmes ocidentais, Chan faz de Quan um sujeito marcado por traumas, quieto e implacável. É um personagem mais sombrio que os tipos cômicos que estamos acostumados a ver de Chan, mas o ator consegue convencer da dor e raiva de seu personagem. Já Pierce Brosnan deixa de lado seu charme de James Bond para interpretar um político corrupto e sem escrúpulos.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Crítica - O Destino de uma Nação

Análise O Destino de uma Nação


Review O Destino de uma Nação
Em Dunkirk (2017), o diretor Christopher Nolan mostrou como se deu a evacuação das tropas britânicas da costa da França durante a chamada "Operação Dínamo". Agora, neste O Destino de uma Nação, o diretor Joe Wright conta como foram tomadas as decisões políticas que levaram à evacuação e colocaram os britânicos como a principal nação europeia a se colocar contra o avanço nazista.

O filme é centrado na figura de Winston Churchill (Gary Oldman) e sua chegada ao cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha, enfrentando resistência de diversas alas do parlamento que queriam uma tentativa de acordo de paz com os nazistas e também do próprio rei George VI (Ben Mendelsohn).

Com um excelente trabalho de maquiagem, o ator Gary Oldman desaparece no personagem de Winston Churchill, construindo com naturalidade seus maneirismos e sendo preciso no modo pragmático e senso de humor seco que tornaram o político famoso. Apesar de uma clara admiração pela figura de Churchill e senso ufanista, o filme não deixa de apresentar as falhas e problemas do personagem, evidenciando seu lado impulsivo e sua predileção por táticas arriscadas que poderiam colocar tudo a perder caso fracassassem. Ele também se mostra um sujeito tomado por dúvidas, consciente dos altos riscos que toma e do que seu fracasso pode impactar o país e o mundo.

Vencedores do Globo de Ouro 2018



A cerimônia de entrega dos Globos de Ouro aconteceu ontem, 07 de janeiro, apresentada pelo comediante Seth Meyers. A premiação sagrou como seus principais vencedores o filme Três Anúncios para um Crime e a série Big Little Lies com cada um levando quatro prêmios. Confiram aqui a lista de indicados com os vencedores de cada categoria destacados em negrito. 

domingo, 7 de janeiro de 2018

Crítica - Viva: A Vida é uma Festa



Quando vi as primeiras imagens deste Viva: A Vida é uma Festa, temi que ele acabasse sendo uma repetição do longa animado Festa no Céu (2014) pelo fato de ambos explorarem a cultura mexicana e o modo vívido e colorido com o qual o mundo dos mortos é concebido. Apesar de inevitáveis similaridades estéticas, esta nova animação da Pixar consegue se sustentar muito bem com as próprias pernas e entrega um resultado emocionante.

A narrativa é focada em Miguel (Anthony Gonzalez), um garoto que sonha em ser músico à despeito de sua família detestar música e desejarem que ele seja um sapateiro como o resto de seus parentes. O garoto, no entanto, parece determinado a se tornar um músico e decide se inscrever em um show de talentos durante o feriado do Dia dos Mortos. Sem um violão, ele acaba roubando um da tumba do famoso músico Ernesto de la Cruz (Benjamin Bratt), mas o ato o faz ser transportado para o mundo dos mortos. Para voltar ao mundo dos vivos ele precisará encontrar seus parentes falecidos que ali habitam e se reconectar com eles.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Reflexões Boêmias: Melhores Filmes de 2017

Top Filmes 2017


Com a chegada de um novo ano, é sempre importante fazer um balanço do que passou e por isso resolvemos lembrar dos filmes que mais gostamos ao longo de 2017. Para a presente lista foram considerados os filmes lançados no Brasil em circuito comercial, nos cinemas ou direto para vídeo, ao longo do ano.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Crítica - 120 Batimentos por Minuto

Análise 120 Batimentos por Minuto


Review 120 Batimentos por Minuto
Quem é mais jovem provavelmente não lembra da onda de medo e falta de informação que acompanhou o estouro da epidemia de AIDS no final dos anos 80 e boa parte dos 90. Na época não se sabia exatamente como combater a doença ou como ela se disseminava, com muitos equivocadamente considerando que o vírus apenas afetava a população gay ou se disseminava apenas através do sexo homossexual. Tendo ou não vivenciado esta época, o filme francês 120 Batimentos por Minuto funciona como um retrato contundente do período.

A trama acompanha um grupo de ativistas LGBT que se intitulam como Act Up!, juntos eles organizam ações para tentar conscientizar a população a respeito dos métodos de prevenção à AIDS, incluindo o uso de camisinha, assim como organizam protestos contra órgãos do governo que demoram a tomar medidas para combater o avanço da doença e contra as indústrias farmacêuticas que demoram a tornar públicos seus estudos em relação ao vírus.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Crítica - Jumanji: Bem-vindo à Selva

Análise Jumanji: Bem-vindo à Selva


Review Jumanji: Bem-vindo à Selva
Eu não esperava muita coisa desse Jumanji: Bem Vindo à Selva, parecia mais uma daquelas continuações tardias feitas somente para lucrar em cima de uma "marca" conhecida sem ter muito a oferecer. O resultado, porém, acaba sendo divertido, ainda que descartável.

A trama começa quando quatro adolescentes que ficaram de castigo na escola encontram um antigo videogame intitulado Jumanji e decidem jogar para passar o tempo. Assim que escolhem seus personagens são sugados para dentro do jogo e assumem as formas de seus avatares, que acabam sendo o oposto de suas personalidades. O garoto nerd se transforma em um aventureiro fortão (Dwayne "The Rock" Johnson), o atleta grandão se transforma no pequeno carregador e armas e especialista em animais (Kevin Hart), a patricinha fútil se torna um cientista rechonchudo (Jack Black) e a menina tímida vira uma guerreira com pouca roupa (Karen Gillan).