A Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas divulgou hoje os indicados ao Oscar 2018. Entre os indicados, A Forma da Água, de Guillermo del Toro,
recebeu o maior número de indicações com 13 menções. Dunkirk de Christopher Nolan ficou em segundo lugar com 8. A
cerimônia de premiação acontecerá no dia 4 de março e será apresentada pelo
comediante Jimmy Kimmell. Confiram a seguir a lista completa de indicados.
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
Indicados ao Oscar 2018
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 22 de janeiro de 2018
Crítica - The Post: A Guerra Secreta
A expressão alemã zeitgeist é comumente traduzida como
"espírito do tempo" ou "sinal do tempos" e muitas vezes é
usado para se referir ao contexto cultural/ideológico no mundo durante um
determinado período de tempo. Hollywood costuma capitalizar o zeitgeist em seus filmes, seja para
obter sucesso financeiro, seja para chamar a atenção das instâncias de
premiação por sua pertinência aos temas do momento. Este The Post: A Guerra Secreta, dirigido por Steven Spielberg, parece
calculado para faturar indicações ao Oscar ao trazer à baila temas como o
machismo no ambiente de trabalho e a importância do jornalismo em enfrentar um
governo desonesto (uma discussão que ganhou força desde a eleição de Donald
Trump e suas acusações de conluio com os russos).
Quando falo em calculado não
estou necessariamente usando o termo com uma conotação pejorativa. Toda arte é,
de alguma maneira, pensada e calculada para dialogar com o espectador e em
algum nível provocar um efeito específico sobre ele. Diretores como Alfred
Hitchock ou Stanley Kubrick são laureados constantemente pelo modo como cada
enquadramento, movimento de câmera ou corte de montagem é calculado ao seu
mínimo detalhe. Assim sendo, a questão é menos se algo é calculado para ser de
uma determinada maneira e mais se o filme funciona ou não. The Post: A Guerra Secreta, a despeito de seu claro oportunismo,
funciona em suscitar as discussões que propõe.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Conheçam os indicados ao Framboesa de Ouro 2018
O Framboesa de Ouro, premiação
que "celebra" os piores filmes do ano, divulgou hoje seus indicados.
Entre os principais indicados estão Emoji: O Filme, Transformers: O Último Cavaleiro e Cinquenta Tons Mais Escuros. A cerimônia de entrega ocorrerá no dia 03 de março, um dia antes da entrega do Oscar. Confiram aqui toda a lista de indicados e contem pra gente quais
filmes vocês acham que mereciam uma indicação.
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Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
Crítica - Street Fighter V: Arcade Edition
Quando foi lançado em 2016, Street Fighter V mais parecia um beta de
luxo ou uma versão early access de
algo que ainda seria lançado. Mesmo relevando os problemas técnicos da queda de
servidores e dificuldade de encontrar partidas online, o jogo tinha pouquíssimo
conteúdo. Aos poucos a Capcom foi adicionando material ao jogo, como um modo história mais completo, melhorias no multiplayer online e mais personagens e
estágios, mas ainda parecia que alguma coisa faltava. Felizmente a
desenvolvedora resolveu dar um polimento geral e adicionar ainda mais conteúdo
com este Street Fighter V: Arcade Edition,
que acrescenta novos modos e novos elementos de jogabilidade. É importante
frisar que se você já tem o jogo, a Arcade
Edition é completamente gratuita, bastando atualizar o game. Se você não
tem, comprar a Arcade Edition não
apenas dá direito a todo conteúdo do jogo base e da nova edição como também
recebe os conteúdo dos dois primeiros passes de personagem (mas não o
terceiro).
A principal nova adição é o modo
Arcade, pedido desde o lançamento do jogo. Aqui o modo apresenta diferentes
"caminhos" cada um inspirado em uma era diferente de Street Fighter.
Um é inspirado no primeiro jogo, outro no clássico Street Fighter II, na série Alpha
e assim por diante. Em cada um há um número determinado de batalhas e um final
diferente para cada personagem, além de ocasionais fases de bônus. Se antes
havia pouco conteúdo single player, o
modo Arcade oferece horas de combates. Ao fim de cada luta o jogo dá a opção de
escolher entre dois oponentes diferentes, às vezes com diferenças na
dificuldade entre eles.
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Street Fighter
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
Crítica - Me Chame Pelo Seu Nome
Dirigido pelo cineasta italiano
Luca Guadagnino, Me Chame Pelo Seu Nome
é um exame sobre o período formativo de um jovem rapaz conforme ele descobre
sua sexualidade e seu primeiro amor. O jovem em questão é Elio (Timothée
Chalamet), que vai passar o verão na exuberante propriedade dos pais no norte
da Itália. O pai de Elio, o Sr. Perlman (Michael Stuhlbarg), é um renomado
acadêmico que costuma alugar um quarto em sua propriedade para algum colega de
universidade. O escolhido da vez é Oliver (Armie Hammer), um jovem e promissor
acadêmico.
Oliver chama a atenção de Elio
desde sua chegada à propriedade, mas o próprio Elio não sabe exatamente o
porquê de estar tão fascinado por Oliver ou qual a natureza do sentimento que
começa a nutrir por ele. O filme acerta ao contar a história sob o ponto de
vista de Elio, mostrando como boa parte da iniciativa para se aproximar de
Oliver e concretizar o que sentem parte dele. O romance entre os dois é
construído com muita sensibilidade e cuidado, deixando claro que há um
sentimento forte conectando os dois e não é algo motivado meramente por sexo,
sendo possível entender o que os atrai um no outro.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
Crítica - Sobrenatural: A Última Chave
Centrado no passado da personagem
Elise Rainier (Lyn Shaye), este Sobrenatural:
A Última Chave tinha a promessa de aprofundar uma figura recorrente nos
três filmes anteriores ao colocá-la para enfrentar a entidade que destruiu sua
família. Como Elise sempre foi uma personagem interessante, fiquei curioso por
saber mais sobre seu passado.
A trama começa na infância de
Elise, com a jovem garota começando a demonstrar seus poderes mediúnicos
assustando tanto o pai quanto o irmão. Ela começa a ver uma sinistra figura com
dedos em formato de chave vagando pela casa e quando cede às ordens da entidade
e abre uma porta em sua casa, a criatura se apodera de Elise e mata a mãe dela.
Anos depois, já trabalhando como investigadora paranormal, ela recebe um pedido
de ajuda do homem que mora em sua antiga casa e que está vendo a mesma
criatura. Assim, Elise parte com seus ajudantes para sua cidade natal e
enfrentar a criatura que a assombra desde a infância.
A maior parte das tentativas do
filme de assustar o público vem de sustos súbitos bastante previsíveis. Toda
vez que a câmera fica muito tempo parada, demora de cortar para outro plano ou
cena e tudo fica muito silencioso, é certo que algo vai subitamente pular na
tela fazendo um barulho enorme. Como é tão fácil identificar os sustos antes de
acontecerem, raramente funcionam.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
Crítica - Battle Chasers: Nightwar
Eu não conhecia nada dos quadrinhos de Battle Chasers, criados por Joe Madureira, quando me aproximei deste Battle Chasers: Nightwar. O que me atraiu para o jogo era o modo como ele prestava homenagem a antigos RPGs japoneses com batalhas por turnos e também seu estilo visual que remetia a animes de fantasia como Slayers e Records of Lodoss War.
A trama é bem típica desse tipo
de narrativa fantástica com um grupo de heróis perseguindo um ser mágico poderoso
que pode colocar o mundo inteiro em risco. Perto do fim até apresenta algumas
reviravoltas interessantes, mas não chega a envolver como deveria. Isso
acontece provavelmente pelo pouco desenvolvimento dos personagens principais.
Ao dormir em estalagens o jogador presencia alguns diálogos entre eles que
ajudam a compreender como aquele grupo se relaciona. São protagonistas
carismáticos, mas nunca conseguem ir além dos clichês. Além disso, a trama
também não consegue construir nenhuma motivação, investimento pessoal ou
aprendizado significativo para os personagens ao curso missão na qual estão
engajados. Eles tentam salvar o mundo porque sim e pronto.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Crítica - Dirk Gently's Holistic Detective Agency: Segunda Temporada
A primeira temporada de Dirk Gently's Holistic Detective Agency
me surpreendeu com o quanto conseguia ser fiel ao espírito aloprado e nonsense dos livros homônimos de Douglas
Adams e sua habilidade de tecer uma trama investigativa no qual nada parecia se
conectar de acordo com alguma lógica causal. Essa segunda temporada (e última,
já que a série foi cancelada) tenta manter o mesmo clima de absurdo, mas não se
sai tão bem quanto a temporada de estreia.
A trama começa mais ou menos no
ponto em que a primeira temporada encerrou. Dirk (Samuel Barnett) foi capturado
pela CIA, enquanto Todd (Elijah Wood) e Farah (Jade Eshete) cruzam o país em
busca de pistas sobre o paradeiro dele. O trio inadvertidamente acaba
encontrando um novo caso para investigar quando habitantes do reino mágico de
Wendimoor chegam ao nosso mundo. Eles falam de uma profecia na qual Dirk Gently
salvará Wendimoor do poderoso e maligno Mago (John Hannah) ao encontrar o
"garoto escolhido". Assim, Dirk e os demais começam uma corrida
contra o tempo para encontrar o garoto e desvendar outras ocorrências bizarras
que encontram pelo caminho.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Crítica - O Estrangeiro
Este O Estrangeiro vem sendo divulgado como uma espécie de retorno em
grande estilo do ator Jackie Chan a produções ocidentais. De fato é o melhor
filme de Chan em muito tempo, mas não esperem aqui uma típica comédia de ação
já que a narrativa está mais para um thriller
político entremeado com uma história de vingança bem tradicional.
A trama adapta o romance The Chinaman de Stephen Leather e é
centrada em Quan (Jackie Chan), um pacato comerciante que há décadas vive no
Reino Unido. Quando a filha de Quan é morta em um atentado terrorista, ele
começa a procurar respostas sobrem que foi o responsável pela ação. A
investigação de Quan o leva ao político Liam (Pierce Brosnan), que no passado
fez parte de grupos extremistas irlandeses. Quan se convence de que Liam é
capaz de dar a ele os nomes dos envolvidos no atentado e passa a persegui-lo,
mas o político tem segredos que deseja manter ocultos e decide deter Quan.
O filme faz bom proveito de
Jackie Chan e Pierce Brosnan ao colocá-los em personagens que se distanciam da persona típica que eles apresentam em
cena. Ao invés de viver alguém otimista e alegre como na maioria de suas
participações em filmes ocidentais, Chan faz de Quan um sujeito marcado por
traumas, quieto e implacável. É um personagem mais sombrio que os tipos cômicos
que estamos acostumados a ver de Chan, mas o ator consegue convencer da dor e
raiva de seu personagem. Já Pierce Brosnan deixa de lado seu charme de James
Bond para interpretar um político corrupto e sem escrúpulos.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Crítica - O Destino de uma Nação
Em Dunkirk (2017), o diretor Christopher Nolan mostrou como se deu a evacuação das tropas britânicas da costa da França durante a chamada "Operação Dínamo". Agora, neste O Destino de uma Nação, o diretor Joe Wright conta como foram tomadas as decisões políticas que levaram à evacuação e colocaram os britânicos como a principal nação europeia a se colocar contra o avanço nazista.
O filme é centrado na figura de
Winston Churchill (Gary Oldman) e sua chegada ao cargo de primeiro-ministro da
Grã-Bretanha, enfrentando resistência de diversas alas do parlamento que
queriam uma tentativa de acordo de paz com os nazistas e também do próprio rei
George VI (Ben Mendelsohn).
Com um excelente trabalho de
maquiagem, o ator Gary Oldman desaparece no personagem de Winston Churchill,
construindo com naturalidade seus maneirismos e sendo preciso no modo
pragmático e senso de humor seco que tornaram o político famoso. Apesar de uma
clara admiração pela figura de Churchill e senso ufanista, o filme não deixa de
apresentar as falhas e problemas do personagem, evidenciando seu lado impulsivo
e sua predileção por táticas arriscadas que poderiam colocar tudo a perder caso
fracassassem. Ele também se mostra um sujeito tomado por dúvidas, consciente
dos altos riscos que toma e do que seu fracasso pode impactar o país e o mundo.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
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