O anúncio de que a Netflix lançaria este The Cloverfield Paradox logo depois da partida do Super Bowl (a final do campeonato de futebol americano) pegou todo mundo de surpresa. O filme só estava agendado para sair em alguns meses e seu lançamento súbito parecia uma estratégia ousada. Depois de assistir o longa metragem, no entanto, fica a sensação de que a manobra da Netflix foi apenas para chamar a atenção para um filme que de outro modo seria ignorado, já que o resultado está muito abaixo dos dois anteriores.
A trama visa explicar o
aparecimento do mostro do primeiro filme e acompanha uma equipe de cientistas
que trabalha em uma estação espacial para desenvolver um novo tipo de acelador
de partículas capaz de gerar energia limpa e ilimitada. Quando o acelerador é
ligado, a estação e os cientistas são levados a um universo paralelo e as
coisas começam a ficar sinistras.
É uma premissa com potencial, mas
o que se segue é uma repetição requentada de eventos que já vimos em filmes
similares como O Enigma do Horizonte (1997),
Sunshine: Alerta Solar (2007), O Enigma de Outro Mundo (1982) ou o
recente Vida (2017). Não há qualquer
esforço de ir além dos clichês explorados à exaustão e situações manjadas de
pane na estação espacial ou o terror do desconhecido.