Nenhum filme me fez rir mais em
2017 do que Cinquenta Tons Mais Escuros.
Não que ele fosse exatamente bom, mas era tão tosco, exagerado e sem sentido
que se tornava hilário. Diante disso, me aproximei deste Cinquenta Tons de Liberdade esperando que ele ao menos conseguisse alcançar o
mesmo patamar de humor involuntário que faria a experiência ser minimamente
divertida, mas nem isso ele consegue.
A trama já começa com o casamento
de Anastasia (Dakota Johnson) e Christian Grey (Jamie Dornan) e os segue em sua
lua de mel até que a vida de luxo do casal é interrompida pelo retorno de Hyde
(Eric Johnson), que quer se vingar dos dois, e, bem, não há muito mais conteúdo para
preencher 100 minutos sem parecer vazio e arrastado. Em algum momento Anastasia
também descobre que está grávida, mas o conflito vindo disso é facilmente
resolvido.
A primeira coisa que incomoda é o
fato de Hyde, um sujeito que até ontem era apenas um editor de livros, se torna
um supercriminoso capaz de sequestro, sabotagem corporativa, hackear
dispositivos de segurança e entrar em qualquer lugar sem ser detectado.
Imaginei que em algum momento o filme explicaria que o personagem teve um
passado criminoso e que seu emprego de editor se deu pelo uso de uma identidade
falsa, mas não, ele era só um editor de livros formado em uma boa universidade sem
nenhum histórico de experiência como criminoso, ainda que sempre tenha sido mau
caráter.