O Framboesa de Ouro, premiação que "celebra" os piores filmes do ano, divulgou hoje seus vencedores. Quem levou mais prêmios foi a animação Emoji: O Filme, enquanto que Transformers: O Último Cavaleiro, apesar do grande número de indicações, não venceu em nenhuma. Cinquenta Tons Mais Escuros, outro campeão de indicações, ganhou em duas categorias: pior continuação e pior atriz coadjuvante para Kim Basinger. Confiram abaixo a lista completa, com os vencedores destacados em negrito.
sábado, 3 de março de 2018
Vencedores do Framboesa de Ouro 2018
O Framboesa de Ouro, premiação que "celebra" os piores filmes do ano, divulgou hoje seus vencedores. Quem levou mais prêmios foi a animação Emoji: O Filme, enquanto que Transformers: O Último Cavaleiro, apesar do grande número de indicações, não venceu em nenhuma. Cinquenta Tons Mais Escuros, outro campeão de indicações, ganhou em duas categorias: pior continuação e pior atriz coadjuvante para Kim Basinger. Confiram abaixo a lista completa, com os vencedores destacados em negrito.
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Notícias

quinta-feira, 1 de março de 2018
Crítica - Projeto Flórida
Filmes que contam histórias sobre
crianças vivendo da pobreza muitas vezes pendem para o excesso, ou romantizam
demais as condições sob as quais seus personagens vivem ou pesam demais a mão
no sofrimento deles diante da situação adversa. Em Projeto Flórida, no entanto, o diretor Sean Baker (do excelente Tangerine) alcança um raro equilíbrio
entre a ingenuidade da infância e a dureza do mundo adulto.
A trama é centrada na pequena
Moonee (Brooklynn Prince), uma menina de seis anos que passa seus dias de férias
brincando com seus amigos nas ruas ao redor do hotel barato no qual vive com a
mãe, Halley (Bria Vinaite). Sem emprego, Halley encontra cada vez mais
dificuldade para pagar as contas e sustentar a filha, mas Moonee, em sua
ingenuidade infantil, está alheia a tudo isso.
A câmera de Sean Baker muitas
vezes registra seus personagens com um certo distanciamento, como se o cineasta
não as conhecesse e as estivesse analisando, estudando, seguindo aquelas
pessoas para tentar compreendê-las. Há um claro contraste entre as cenas
envolvendo Moonee e as que envolvem Halley. Moonee vê o mundo como um espaço
cheio de oportunidade, um lugar grandioso para aventuras e descobertas,
estabelecendo um senso constante de encantamento conforme a menina explora os
arredores com seus amigos. Halley, por outro lado, experimenta uma vida no qual
nada dá certo e sua existência é tomada por desencanto e melancolia conforme
ela vai se dando conta da piora de sua situação. Que Moonee não se dê conta da
sua própria situação de miséria só torna tudo mais desolador.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
Crítica - Motorrad
Os vinte primeiros minutos deste Motorrad me deixaram bastante empolgado
pelo que poderia vir a seguir. Com pouquíssimos diálogos, o filme construía uma
atmosfera intrigante e desoladora conforme o protagonista Hugo (Guilherme
Prates) viaja com sua moto por paisagens desoladas e estradas vazias. Parece um
cenário apocalíptico e até então a trama não faz questão de explicar nada,
usando essa incerteza e desconhecimento como fonte de tensão. Imaginei que o
restante do filme seguiria esse tom, de um terror mais atmosférico e voltado
para o medo do que não sabemos, algo similar ao recente Ao Cair da Noite (2017). O que acontece à partir de então, no
entanto, cai em uma lamentável coleção de clichês do terror.
Hugo deseja fazer parte do clube
de motocross do irmão, Ricardo (Emílio Dantas), e parte com ele e um grupo de
amigos para uma cachoeira remota. No caminho, eles encontram um estranho muro
de pedra e decidem derrubá-lo para continuar a viagem. Ao chegarem na
cachoeira, os protagonistas são confrontados por um misterioso grupo de
motoqueiros vestidos de preto que começam a matar os amigos de Hugo e Ricardo um a um.
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Terror

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Crítica - Operação Red Sparrow
Minha primeira reação ao ver o
trailer de Operação Red Sparrow foi
"nossa, esse é o filme solo da Viúva Negra que a Marvel deveria ter
feito". Eu não fui o único a pensar desta forma e conforme a divulgação do
filme se ampliava via mais e mais pessoas refletindo sobre como esse
longa-metragem colocaria ou não em risco os planos da Marvel em dar um filme
próprio para sua heroína espiã. Depois de ver Operação Red Sparrow, no entanto, devo dizer que a Marvel pode
respirar aliviada, já que ele é tão ruim que não deve ser nenhum empecilho para
que Natasha Romanoff ganhe sua própria aventura. Pelo contrário, ele coloca as
expectativas tão baixas que mesmo a Marvel faça um filme ruim com a personagem
as pessoas provavelmente irão dizer: "bem, ao menos não é tão ruim quanto Operação Red Sparrow".
A trama é centrada em Dominika
(Jennifer Lawrence), uma bailarina que se vê impossibilitada de dançar depois
de uma grave fratura na perna. Prestes a perder tudo, ela ganha uma nova
oportunidade quando seu tio Ivan (Matthias Schoenaerts, do excelente Ferrugem e Osso), um agente do alto
escalão da inteligência russa, lhe oferece a possibilidade de se tornar uma
Sparrow, espiãs de elite que usam a sedução como arma de manipulação. A
primeira missão de Dominka como Sparrow é encontrar o espião americano dentro
do governo russo, para isso ela terá que se aproximar do agente da CIA Nate
(Joel Edgerton), que é o único que sabe a identidade do espião.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
Lixo Extraordinário - Samurai Cop

Provavelmente a equipe se deu
conta do reflexo e mandou que o ator retirasse os óculos. "Mas porque
então não refilmaram a cena anterior para não terem problemas de continuidade
com óculos do sujeito desaparecendo do nada?", vocês me perguntam. Bem,
existem duas respostas possíveis. A primeira é que ninguém da produção dava a
mínima. A segunda é que película (naquela época não existiam câmeras digitais)
era algo caro e uma produção de baixíssimo orçamento como essa provavelmente
não poderia se dar ao luxo de gastar película preciosa em uma cena já pronta só
por "problemas mínimos" de continuidade. De todo modo, mesmo antes
que o filme chegue à marca dos cinco minutos fica evidente que estamos diante
de algo mambembe, tosco e paupérrimo.
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Ação,
Lixo Extraordinário

sábado, 24 de fevereiro de 2018
Drops - Mudo e Breaking Through: No Ritmo do Coração
Nossa sessão de análises mais
breves irá tratar hoje de dois filmes que chegaram ao Brasil pela Netflix. Mudo é uma produção original do serviço
de streaming, enquanto que Breaking Through é uma produção de 2015
que foi lançada por aqui direto para vídeo e streaming.
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Drops,
Ficção Científica,
Musical

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Crítica - Riverdale: Primeira Temporada
Os quadrinhos do Archie sempre
tiveram uma clima de aventura juvenil ingênua e colorida. A ideia de adaptar
esse universo para uma série na qual os personagens estariam envolvidos na
investigação de um assassinato e a idílica cidade seria um local cheio de
segredos e corrupção, parecia mais uma estratégia comercial de seguir a atual
tendência de criar versões "sombrias e sisudas" de qualquer coisa.
Felizmente, porém, essa primeira temporada de Riverdale tem algo a dizer sobre esse universo e personagens além
de meramente observá-los sob um prisma mais sério e é graças a isso que a série
funciona.
A trama começa quando o
assassinato do estudante Jason Blossom (Trevor Stines) choca toda a cidade de
Riverdale. O jovem Archie (KJ Apa) ouviu um tiro ser disparado próximo ao local
em que Jason foi visto pela última vez, mas teme ir à polícia porque ele estava
acompanhado de sua professora, Geraldine Grundy (Sarah Habel), com quem tem um
romance secreto. Simultaneamente, a vizinha de Archie, Betty Cooper (Lili
Reinhart), e o melhor amigo dele, Jughead (Cole Sprouse), decidem investigar o
crime para o jornal da escola. Ao curso da investigação o grupo descobrirá que
muitos habitantes da aparentemente pacata Riverdale escondem terríveis
segredos.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Crítica - A Grande Jogada
O roteirista Aaron Sorkin
construiu uma reputação para si com seus textos que privilegiam os diálogos rápidos
e constroem intensos embates verbais entre seus personagens tal como em A Rede Social (2010) e Steve Jobs (2015). Seu estilo de escrita
é tão singular que muitas vezes se impõem sobre o estilo dos cineastas que
dirigem os filmes feitos a partir dos seus roteiros (como o caso de Steve Jobs), então quando ele anunciou
que faria sua estreia como diretor neste A
Grande Jogada, havia grande expectativa para conferir o que alguém com uma
visão tão particular seria capaz de fazer no comando de uma produção.
A trama é baseada na história
real de Molly Bloom (Jessica Chastain), uma ex-esquiadora e estudante de
direito que passa a trabalhar organizando partidas de pôquer para celebridades
e empresários ricos. Com o tempo, Molly acaba se envolvendo com drogas e chama
a atenção de membros da máfia, complicando as coisas para o seu trabalho.
A narrativa alterna
constantemente entre o passado e o presente, com a narração rápida de Molly
unindo os dois tempos. A velocidade das falas e das mudanças de temporalidade
poderiam se tornar algo confuso, mas Sorkin conduz tudo com bastante fluidez,
conseguindo tornar compreensível o rápido processo mental de Molly, bem como os
termos e situações específicas do pôquer competitivo de modo natural e sem soar
forçadamente expositivo.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Crítica - Trama Fantasma
Uma paixão é algo que mexe
conosco, torna difícil simplesmente fazermos as mesmas coisas de sempre, muda o
modo como encaramos a vida. Um relacionamento exige comprometimento, exige que
as duas partes saiam de sua zona de conforto, que cedam espaço para a outra
poder entrar em suas vidas. De certa maneira é isso que está no cerne deste Trama Fantasma, novo filme do diretor
Paul Thomas Anderson, mas este não é um filme exatamente romântico. Ele leva
essas premissas ao extremo, praticamente enveredando para o terreno do suspense
quando as disputas entre o casal protagonista se tornam cada vez mais doentias.
A narrativa se passa na
Inglaterra da década de 50. Reynolds Woodcock (Daniel Day-Lewis) é um célebre
estilista que costura vestidos para boa parte da alta sociedade e realeza
europeia. Ele vive sob uma estrita rotina, concentrando toda a sua energia no
desenho e na costura, enquanto sua irmã, Cyrill (Lesley Manville), cuida com
rigidez para que ninguém interfira no trabalho de Woodcock. A rotina aparentemente
perfeita dos dois irmãos é ameaçada quando ele conhece a jovem Alma (Vicky
Krieps), se encantando por ela e transformando-a em sua musa. Alma passa a
morar com os dois irmãos e conforme ela tenta conquistar Woodcock, as tensões
entre ela, Cyrill e o próprio estilista vão aumentando.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Crítica - Pequena Grande Vida
Pequena Grande Vida parece ter muito a dizer sobre os problemas de
nossa sociedade e do mundo, mas conforme o diretor Alexander Payne aumenta os
problemas de seu diminuto protagonista, o longa-metragem paradoxalmente parece ter
cada vez menos a dizer. No universo do filme existe uma tecnologia de
encolhimento e muitas pessoas se submetem ao processo porque isso reduz o
impacto do consumo humano no meio ambiente e também porque faz seu dinheiro
"valer mais", afinal uma pessoa de dez centímetros come menos, gasta
menos energia e produz menos lixo.
O protagonista, Paul Safranek
(Matt Damon), é uma dessas pessoas que quer se encolher para poder viver uma
vida de luxo sem se preocupar com trabalhar. O problema é que sua esposa desiste
do procedimento no último momento e pede o divórcio, deixando Paul sem nada.
Agora ele precisa trabalhar em um péssimo emprego de telemarketing em sua comunidade diminuta para poder se sustentar,
basicamente retornando ao mesmo estilo de vida que queria fugir.
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Comédia,
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