Vingadores: Guerra Infinita é daqueles filmes que é melhor assistir
sabendo o mínimo possível. Nesse sentido, escrever sobre ele é um pouco difícil,
pois não quero estragar a experiência de ninguém. Ele é de fato a culminância
de dez anos de planejamento e construção narrativa interligado, fazendo valer a
pena ter acompanhado todo esse universo até aqui. Sim, é preciso ter visto boa
parte dos filmes para entender o que acontece aqui.
A narrativa começa mais ou menos
no ponto em que Thor: Ragnarok (2017),
com a nave contendo os refugiados de Asgard sendo atacados pela nave de Thanos
(Josh Brolin), que está percorrendo o universo em busca das seis Joias do Infinito
para destruir metade da população do universo e assim trazer equilíbrio ao
cosmos. Dizer mais seria arriscado, mas a partir do momento que o vemos começar
a coletar as Joias começa uma corrida contra o tempo envolvendo praticamente
todos os personagens que conhecemos no universo Marvel até agora.
Thanos impressiona não só pelo
grau de ameaça que ele impõe aos personagens, como também pela complexidade que
o texto dá a ele. É possível compreender suas motivações e o peso que ele sente
carregar em virtude de sua peregrinação pelo universo. Thanos não é meramente
um genocida sádico, ele é alguém com plena ciência do alto custo do que está
fazendo e sente a dor de cada sacrifício feito. Ao seu modo, ele é
misericordioso e honrado, ainda que também possa ser cruel e monstruoso. Depois
do excelente antagonista que foi Killmonger em Pantera Negra, parece que a Marvel finalmente está conseguindo
criar vilões interessantes, vamos torcer para que continue assim.