Eu joguei todos os games da
franquia God of War lançados até aqui
(sim, até os para PSP) e apesar de achar todos (em maior ou menor grau) games
de ação bem divertidos, Kratos sempre me pareceu um protagonista bastante
aborrecido. Se no primeiro jogo ele era meramente um sujeito com uma motivação
clichê, no terceiro sua vingança cega o tornara um personagem insuportável de
acompanhar, eu cheguei a demorar de terminar só porque não tinha paciência para
os repetitivos rosnados de raiva, egoísmo e estupidez do personagem. Sim, o
final o confrontava com as consequências de seu comportamento, mas até chegar
lá, eram quase dez horas do personagem se comportando de maneira aborrecida. Pois
este novo jogo da franquia, intitulado apenas God of War, finalmente consegue tornar Kratos um protagonista bem
construído, complexo e interessante de acompanhar.
Funcionando simultaneamente como
uma continuação e reboot, a trama
coloca Kratos vivendo no reino dos deuses nórdicos. A história começa com a
morte de Faye, a esposa de Kratos. O último desejo dela foi que Kratos e seu
filho Atreus espalhassem suas cinzas no pico mais alto dos reinos. Kratos e
Atreus tem uma relação distante e a jornada acaba expondo as tensões entre pai
e filho.