O primeiro Deadpool (2016) tinha sido uma grata surpresa graças ao seu senso
de humor anárquico que brincava com as convenções e saturação dos filmes de
super-heróis. Esse Deadpool 2 tem
muito do que fez o original ser tão bacana, ainda que repita também os mesmos
problemas.
Depois dos eventos do filme
anterior, Wade Wilson (Ryan Reynolds) continua ganhando a vida como o
mercenário tagarela Deadpool. A vida de Deadpool muda com a chegada do
misterioso Cable (Josh Brolin), um viajante do tempo que deseja assassinar um
jovem mutante para impedir uma catástrofe no futuro, e Deadpool decide proteger
o garoto, formando uma nova equipe de mutantes para dar cabo de Cable.
Assim como o primeiro filme, a
trama é bem simplória e por vezes esse esforço em construir um arco dramático e
desenvolver temas sobre família e relacionamentos quebra o ritmo do humor
surtado e sem noção que é característico do personagem. Há uma certa pieguice
no modo como toda a questão de redenção e família é costurada na trama que
provoca um contraste com a natureza imatura e irreverente do resto do filme e
nem mesmo as piadas autoconscientes sobre isso diluem essa pieguice.