Centrado na história da FIFA, a
federação internacional de futebol, este United
Passions é um daqueles filmes que estará sempre cercado de infâmia. Parte
disso porque ele já entrou para a história como uma das menores bilheterias de
todos os tempos, tendo arrecadado apenas cerca de 600 dólares em seu final de
semana de estreia e saído de cartaz depois de uma semana sendo exibido em
apenas um cinema nos Estados Unidos. Outra parte das razões dele ser tão infame
diz respeito ao momento de seu lançamento, meros dias antes de Joseph Blatter
(um dos personagens principais do filme) e outros membros da alta cúpula da
FIFA terem sido presos ou indiciados por desvios de dinheiro, aceitar subornos
e outros crimes, praticamente destruindo qualquer interesse do público em
conferir um filme que retrata esses cartolas do futebol como heróis virtuosos.
Por fim, a terceira razão pela qual United
Passions viverá sempre em infâmia é que ele é muito, muito, mas muito ruim,
dolorosa e excruciantemente ruim, desgraçadamente ruim e mesmo que tivesse sido
lançado em um momento menos prejudicial para sua imagem ainda assim teria sido
execrado.
A trama acompanha a trajetória da
FIFA e segue seus três principais diretores: Jules Rimet (Gerard Depardieu),
João Havelange (Sam Neill) e Joseph “Sepp” Blatter (Tim Roth). Era de se
imaginar que um filme sobre a maior federação de futebol do mundo fosse falar
da importância do esporte, do que torna o futebol especial, que tentasse
entender as razões pelo esporte despertar tantas paixões e unir tantas pessoas
ao redor dele, mas nada disso parece interessar à narrativa.