A Academia de Artes e Ciências Televisivas dos EUA divulgou os indicados
para o Emmy 2018. Game of Thrones foi
a mais lembrada na categoria drama, faturando 22 indicações, enquanto que Atlanta foi a mais indicada no campo da
comédia, sendo indicada a 16 prêmios. Nas minisséries a mais lembrada foi American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace. A premiação acontece no dia 17 de setembro e será
apresentada por Colin Jost e Michael Che, comediantes do Saturday Night Live. No Brasil a cerimônia será exibida pelo canal
a cabo TNT. Confiram abaixo a lista de indicados:
quinta-feira, 12 de julho de 2018
Conheçam os indicados ao Emmy 2018
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 11 de julho de 2018
Crítica – Arranha-Céu: Coragem Sem Limites
Na superfície Arranha-Céu: Coragem Sem Limites parece
uma colagem pouco inspirada de Duro de
Matar (1988) com pitadas de Inferno
na Torre (1974) e, bem, é só isso mesmo. Não é exatamente um produto ruim,
mas é tão derivativo, sem personalidade e apoiado em refazer cenas que já vimos
em filmes melhores que não me produziu nada além de apatia.
A trama é centrada em Will Sawyer
(Dwayne “The Rock” Johnson), um ex-militar que depois de perder a perna em
combate passou a trabalhar com segurança privada. Ele é contratado pelo
bilionário Zhao (Chin Han) para avaliar a segurança de seu novo empreendimento:
o Pérola, um arranha-céu tão grande que é praticamente uma cidade vertical. A
avaliação de Will está quase acabando quando criminosos armados invadem o
prédio e incendeiam parte dos andares, incluindo o pavimento no qual a família
de Will está. Assim, o protagonista precisa salvar a família e deter os
criminosos.
The Rock se afasta um pouco dos
tipos invencíveis que vinha fazendo, como no recente Rampage: Destruição Total, para assumir a persona de um herói mais vulnerável, nos moldes do John McClane de Duro de Matar. Além das dificuldades
envolvendo sua prótese na perna, Will se fere a cada confronto, precisando
parar para improvisar curativos e pensar cuidadosamente suas ações. Tudo isso
ajudaria a construir uma sensação de perigo e nos fazer temer pelo personagem
conforme seus ferimentos se agravam, mas é tudo tão igual a Duro de Matar e seus muitos clones, que
nada soa genuíno, mesmo com o carisma de The Rock.
Labels:
Ação,
Aventura,
Catástrofe,
Crítica
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 10 de julho de 2018
Crítica – Uma Quase Dupla
Uma Quase Dupla prometia ser uma versão brasileira dos “filmes de
parceiros” hollywoodianos como Máquina
Mortífera (1987), criando uma comédia de ação protagonizada por dois
detetives com personalidades opostas. Como esse é um filão pouco explorado pelo
cinema brasileiro, entrei para assistir torcendo por um resultado positivo, mas
lamentavelmente não é isso que acontece.
A trama acompanha Keyla (Tatá
Werneck) uma durona policial carioca que é enviada para uma pacata cidade do
interior para ajudar na investigação de um estranho homicídio que a polícia
local não sabe como lidar. Lá ela recebe ajuda de Cláudio (Cauã Reymond), um
atrapalhado policial da cidade. Ao longo da investigação novas mortes começam a
ocorrer e Keyla desconfia se tratar de um assassino em série.
Os personagens apresentam uma
curiosa inversão de expectativas, com Tatá Werneck, famosa por seu talento
cômico, assumindo a personagem mais séria enquanto que Cauã fica com o lado
pacato e incompetente da dupla. Poderia dar muito errado, mas os atores fazem
funcionar, principalmente Cauã que abraça sem medo a estupidez ingênua de seu
personagem enquanto que Tatá adota a postura intransigente que assumia em
esquetes como o “Entrevista com o Especialista” do seu programa no Multishow.
Labels:
Cinema Brasileiro,
Comédia,
Crítica
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 9 de julho de 2018
Crítica – Good Girls: 1ª Temporada
Tive curiosidade em conferir a
primeira temporada da série Good Girls
por sua premissa parecer uma espécie de versão mais cômica de Breaking Bad e pela presença da atriz
Christina Hendricks (a Joan de Mad Men).
A premissa poderia render uma comédia crítica sobre as contradições e problemas
da classe média dos Estados Unidos, mas essa temporada de estreia nunca explora
suas ideias de maneira satisfatória.
A série é centrada em três
mulheres, cada uma com problemas financeiros de natureza diferente. Beth
(Christina Hendricks) é uma pacata dona de casa que vê seu casamento naufragar
ao descobrir que seu marido, Dean (Matthew Lilard), não só a está traindo com a
secretária como também perdeu boa parte das economias do casal em investimentos
ruins. Annie (Mae Whitman), a irmã de Beth, trabalha como caixa em um
supermercado e está prestes a perder a guarda da filha para seu rico
ex-namorado, não tendo condições de pagar um advogado. Já a garçonete Ruby
(Retta) está com dificuldades para pagar o caro tratamento médico da filha e
teme que seus problemas financeiros custem a vida da garota.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sábado, 7 de julho de 2018
Crítica - Homem Formiga e a Vespa
O primeiro Homem-Formiga (2015) contava uma história de origem bem aderente às
fórmulas que a Marvel estabeleceu para seus filmes, mas conseguia ser
moderadamente divertido. Este Homem-Formiga
e a Vespa tenta se distanciar um pouco das fórmulas sendo um pouco melhor
que o anterior, ainda que continue exibindo os mesmos problemas que vêm com o
“padrão Marvel”.
A trama se passa depois dos
eventos de Capitão América: Guerra Civil (2016),
mas antes do que acontece em Vingadores:Guerra Infinita (2018). Depois de ter sido preso por ajudar o Capitão
América, Scott Lang (Paul Rudd) faz um acordo com o governo, abrindo mão de ser
o Homem-Formiga e é colocado em prisão domiciliar. Enquanto isso, Hank Pym
(Michael Douglas) e Hope (Evangeline Lilly) buscam um jeito de resgatar Janet
(Michelle Pfeiffer), a Vespa original, do reino quântico depois de Scott ter
retornado de lá no filme anterior. Os planos da dupla, no entanto, são
observados de perto pela misteriosa Fantasma (Hannah John-Kamen), que tem seus
próprios planos envolvendo a dimensão quântica.
Labels:
Ação,
Aventura,
Crítica,
Ficção Científica,
Marvel
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 4 de julho de 2018
Crítica – Fevereiros
Documentários sobre artistas da
música se tornaram um grande filão comercial do cinema brasileiro nos últimos
anos. A maioria deles segue o padrão “talking
heads” com entrevistas estáticas ocasionalmente intercaladas com imagens de
arquivo e embora este Fevereiros siga
essa estrutura base, sua protagonista, a cantora Maria Bethânia, é tão
fascinante que é difícil não se envolver com ela.
O documentário tem um recorte
específico sobre a vida da cantora, tendo como ponto de partida a homenagem
feita a Bethânia pela escola de samba carioca Mangueira, cujo samba-enredo no
ano de 2016 foi uma celebração dos 50 anos de carreira de Bethânia. Poderia ser
meramente um filme publicitário sobre um samba-enredo vencedor (e talvez seja),
mas o filme ganha força ao ir um pouco além da história pessoal de sua
protagonista e tentar entender as matrizes culturais que tanto a influenciaram.
Nesse sentido, o filme é tanto um
exame das influências de Bethânia como da importância das tradições religiosas
do Recôncavo da Bahia para a cultura e para música brasileira (afinal, o samba
de roda nasceu no Recôncavo). São nos momentos em que o filme explora as festas
populares e religiosas de Santo Amaro, derivadas tanto de matrizes católicas
quanto das religiões afro-brasileiras, em que ele se afasta um pouco mais das
estruturas mais típicas do documentário musical brasileiro para acompanhar as
festas e as andanças de Bethânia pelas ruas da cidade.
Labels:
Cinema Brasileiro,
Crítica,
Documentário
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 3 de julho de 2018
Crítica – Duck Butter
Ver as agruras de um casal
discutindo a natureza de sua relação, se bem feito, pode fornecer muitos insights sobre a condição humana, como
formamos nossas conexões e como nos relacionamos uns com os outros, um bom
exemplo disso é Antes da Meia-Noite
(2013) e os outros dois filmes anteriores que compõem a trilogia. Quando esse “filme de DR”, por outro lado, não é bem realizado, se torna um aborrecido
exercício de paciência conforme acompanhamos pessoas desinteressantes
reclamarem de coisas sobre as quais não damos a mínima, como no caso do
sonolento À Beira Mar (2015). Este Duck Butter, dirigido pelo porto-riquenho
Miguel Arteta (responsável por Jantar Com Beatriz), não chega a nenhum desses extremos, ficando em um meio termo
entre eles.
A trama é centrada em Nima (Alia
Shawkat, a Maeby de Arrested Development),
uma jovem atriz que ainda espera sua grande chance para emplacar a carreira.
Depois de um dia frustrante de trabalho Nima conhece a cantora e compositora
Sergio (Laia Costa) e ambas se interessam uma pela outra. Sergio propõe que
elas passem 24 horas juntas para tentarem se conectar.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 2 de julho de 2018
Crítica – GLOW: 2ª Temporada
A primeira temporada de GLOW foi uma grata surpresa ao conseguir
equilibrar drama e comédia ao contar a história de um grupo de atrizes na
década de 80 tentando emplacar um programa televisivo sobre luta-livre
feminina. Esta segunda temporada consegue manter o nível da primeira enquanto
tenta aprofundar suas personagens e relações entre elas.
A trama começa pouco tempo depois
do fim da temporada anterior, com as lutadoras se reunindo para iniciar uma
nova temporada do seu programa enquanto enfrentam novos desafios para se
manterem no ar e exigências da emissora. Ruth (Alison Brie) tenta ajudar o mal-humorado
diretor Sam (Marc Maron) ao mesmo tempo em que tenta reparar sua complicada
relação com a colega Debbie (Betty Gilpin) que agora é uma produtora do
programa.
Com apenas dez episódios de cerca
de meia hora cada, a série alterna entre episódios mais dedicados ao arco maior
da temporada e outros mais autocontidos. Isso poderia resultar em um ritmo
inconsistente, mas cada episódio consegue trazer um desenvolvimento consistente
dos personagens ao ponto em que nenhum deles soa como filler. Na verdade, o efeito é oposto e quando cheguei aos últimos
três episódios da temporada desejei que ela durasse mais porque não estava
pronto para me despedir daquelas personagens.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 26 de junho de 2018
Crítica – Westworld: 2ª Temporada
O final da primeira temporada de Westworld deixava um gancho instigante
para o segundo ano da série, prometendo o início da rebelião dos “anfitriões”
do parque contra os humanos que os controlavam. Essa segunda temporada entrega
exatamente o que prometia, ainda que ocasionalmente seja prejudicada por alguns
problemas de ritmo.
Assim como no ano de estreia, a
segunda temporada mistura diferentes níveis temporais. O primeiro episódio
começa com Bernard (Jeffrey Wright) acordando em uma praia semanas depois do
início da rebelião, quando os reforços da corporação Delos (que administra o
parque) chegaram para tentar resolver a situação. Bernard não lembra como
chegou até ali ou o que aconteceu, mas a trama volta no tempo para nos mostrar
como Dolores (Evan Rachel Wood) planejava chegar em um lugar chamado “A Forja”,
que seria capaz de libertar os anfitriões do parque e derrubar a raça humana de
uma vez por todas. Ao mesmo tempo William (Ed Harris), o homem de preto, também
busca o mesmo local, desejando os segredos que Ford (Anthony Hopkins) escondeu
ali. Outro grande arco narrativo é o de Maeve (Thandie Newton) em busca da
filha.
Labels:
Crítica,
Ficção Científica,
Séries,
Suspense
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 25 de junho de 2018
Crítica – Luke Cage: 2ª Temporada
A primeira temporada de Luke Cage teve um começo promissor, mas
acabou perdendo um pouco do impacto ao eliminar um pouco cedo demais seu vilão
mais interessante. Essa segunda temporada também tem problemas em construir bom
um vilão e acaba sendo prejudicada por isso e por problemas de ritmo.
A trama começa pouco tempo depois
dos eventos mostrados da série dos Defensores,
com Luke Cage (Mike Colter) tentando derrubar Mariah (Alfre Woodard) que, junto
com o gângster Shades (Theo Rossi), assumiu os negócios do vilão Boca de
Algodão (Mahershala Ali). Ao mesmo tempo, uma nova ameaça surge na forma do
jamaicano Bushmaster (Mustafa Shakir), que chega ao Harlem em busca de vingança
contra algo que a família de Mariah fez no passado.
Esse segundo ano tenta explorar a
frustração de Luke com o fato de que mesmo sendo indestrutível ele não é
onipotente e não tem como manter o bairro seguro o tempo todo. Seu desejo de
ajudar as pessoas e fazer do Harlem um local pacífico acaba levando-o a
questionar seus métodos e a pensar em atitudes mais extremas. Seria um caminho
promissor, levar o personagem por esse caminho de anti-herói e explorar seu
lado mais sombrio, a segunda temporada de Demolidor,
por exemplo, fez isso relativamente bem, mas lamentavelmente o mesmo não
ocorreu aqui.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Assinar:
Postagens (Atom)