A primeira temporada de The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia em português) foi uma das
melhores séries do ano passado. Ambientado em um universo distópico no qual o
governo dos Estados Unidos sofreu um golpe de estado e se tornou uma teocracia,
o seriado alertava para os perigos de misturar política e religião, bem como os
riscos para direitos civis e liberdades individuais que essas forças
conservadoras representam.
Havia, no entanto, o temor que
essa segunda temporada não conseguisse ser tão boa quanto o seu ano estreia.
Primeiro porque era um patamar alto demais para conseguir ser alcançado
novamente e segundo pois essa nova temporada não tinha mais o suporte do livro
escrito por Margaret Atwood, já que o primeiro ano tinha coberto o romance
praticamente inteiro exceto por seu epílogo. A verdade é que este segundo ano é
um pouco inferior ao anterior, mas ainda assim continua sendo bastante
contundente em seu exame sobre como seria viver sob a égide de um governo
religioso e machista. Aviso que a partir desse ponto o texto pode conter
SPOILERS da temporada.
A trama começa no ponto em que a
primeira temporada parou, com June (Elizabeth Moss) grávida tentando fugir de
Gilead para o Canadá com a ajuda de Nick (Max Minghella) e a partir daí
acompanhamos os desafios dela em tentar cruzar a fronteira ao mesmo tempo em
que o coronel Waterford (Joseph Fiennes) tenta trazer June de volta para sua
casa.