Misturando elementos de Quero Ser Grande (1988) com O Amor é Cego (2001), Sexy por Acidente é um filme cheio de
boas intenções e, embora não seja o primeiro a trazer uma mensagem de que a
beleza física não importa, o que torna-o tão interessante é a sinceridade com a
qual aborda esse tema em uma sociedade cada vez mais obcecada com a imagem e a
beleza física.
A trama é centrada em Renee (Amy
Schumer), uma mulher cheia de inseguranças quanto à aparência por não se
conformar com os padrões de beleza. Ela é relativamente bem sucedida, mas pensa
que sua vida poderia ser bem melhor se ela tivesse um corpo perfeito. Seu
desejo é mais ou menos atendido quando ela bate a cabeça na academia e ao
acordar acredita ter magicamente adquirido a beleza que tanto desejava, mas na
verdade seu corpo não mudou, apenas a percepção que ela tem de si mesma.
O início do filme é hábil em
mostrar como determinados padrões de aparência são impostos pelos meios de
comunicação, mostrando capas de revista, publicidade e tutoriais de internet que
lembram a todos, especialmente mulheres, que existe apenas uma forma, um tipo
de corpo, que é considerado belo e todas as outras são incentivadas a correr
atrás desses padrões.